Uma jovem que há duas semanas saiu misteriosamente nua e assustada da selva cambojana começou a sorrir e a se comunicar. O psicólogo que a acompanha, o espanhol Héctor Rifa, disse que ela expressou algumas respostas aos exames aos quais foi submetida.
"Os sons e este início de comunicação realmente não são grande coisa, mas significam que ela pode fazê-lo", disse Rifa.
O homem que assumiu os cuidados da jovem, o policial Sal Lou, afirma que se trata de sua filha, Rochom P'ngieng, desaparecida em 1989 aos oito anos quando cuidava de um búfalo.
A jovem não fala nenhum idioma conhecido, nem sequer o dos supostos familiares, que pertencem a uma tribo da etnia Phnong.
A jovem foi encontrada no dia 10 de janeiro quando tentava roubar comida de um camponês. De acordo com testemunhas, ela caminhava nua, inclinada como um macaco, e se transformou na grande atração da remota província de Ratanakkiri, chamando a atenção da imprensa internacional.
"Nenhum elemento permite indicar o local onde ela estava. Algumas pessoas dizem certas coisas, mas quem viu esta menina? Na minha opinião não é importante saber se saiu de uma granja ou da selva, se estava nua ou não, porque hoje esta pessoa precisa adaptar-se ao entorno em que se encontra", explicou o psicólogo.
A jovem tem marcas misteriosas no punho esquerdo, que despertam dúvidas sobre seu passado, mas o psicólogo não sabe dizer se trata-se de uma alienada mental. "Ela se encontra em estado de estresse", afirmou.