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O folclore na colina do Pilar Velho

Outros versos dos cantadores da Festa do Pilar Velho em 1958...

Ademir Medici
30/04/2016 | 07:00
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Chegou a hora da congada

Pra beijar São Benedito

Oh! Meu rei São Benedito

Oh! Meu senhor

Dança de São Benedito

Oi, é dança cativeiro

Entra ano e entra ano

Vou dançar no mundo inteiro

Outros versos dos cantadores da Festa do Pilar Velho em 1958, conforme pesquisa dos estudantes Maziero, Mendes e Faustino a pedido da professora Anaites Brandão Praça, do Ginásio Dr. Felício Laurito.

Se o leitor não conhece a Capela do Pilar Velho, em Ribeirão Pires, deve conhecê-la. É história pura, memória a toda prova. Com uma vantagem: nestes dias de festa, a Prefeitura se toca e corta o mato que invade até as escadarias que dão acesso à hermida, patrimônio histórico principal da cidade e um dos cinco mais importantes do Grande ABC.

E foi esta capela do século 18 que os três estudantes de Ribeirão Pires – Faustino, Maziero e Mendes – procuraram para um trabalho escolar, tarefa passada pela professora Anaites Brandão Praça, do Ginásio Dr. Felício Laurito, e realizado em 1958.

A riqueza maior do trabalho são os versos das cantorias folclóricas que os três jovens anotaram e registraram, e cujas pílulas temos publicado. E tem as lendas em torno da construção da capela, como a que se segue.

A onça e o espanhol

Pesquisa: Joel Maziero, Reinaldo Mendes e Fernando Pereira Faustino

A versão da segunda lenda sobre a construção da Capela do Pilar diz que um espanhol se estabeleceu numa choça no local, em companhia da sua crioula. O marido saia pela manhã para trabalhar. Regressava à noite. Certa tarde, deu pela falta da companheira.

Saiu à sua procura. Subiu por um atalho. Chegou ao alto da colina e deu com a onça que havia comido a companheira.

Tomado de ódio, o espanhol desembainhou o facão e atirou-se sobre a onça. Na luta desesperada, homem e animal caem num buraco. Vendo-se perdido, ele pede uma graça a Nossa Senhora do Pilar e, num último esforço, dá um golpe mortal no felino. A onça, num baque surdo, dá seu último suspiro.

Conta a lenda que o espanhol cortou a cabeça da onça e a guardou dentro da capela que construiu, cumprindo sua promessa. A cabeça teria ali permanecido por muito tempo.

O fim do espanhol ninguém sabe qual foi. O buraco teria sido fechado por volta de 1948. De fato, visitando-se a capela, nota-se que existe um espaço de mais ou menos dois metros entre a parte traseira do altar e a parede dos fundos da capela.

A imagem da santa que lá está, dizem, foi trazida da Bahia. Uma reprodução da imagem original daquela que é a padroeira da Espanha.

AMANHÃ

- Moçambique, a dança verdadeira de São Benedito.

Diário há 30 anos

Quarta-feira, 30 de abril de 1986 - ano 28, nº 6121

Manchete – Mortos na URSS podem ser dois mil no acidente nuclear de Chenobyl

Meio Ambiente – E as garças resistem, em foto de Primeira Página do repórter e editor de Fotografia, João Colovatti.

Indiferentes ao mau cheiro causado por 50% do esgoto produzido por São Paulo, as garças relutam em deixar as margens da Represa Billings.

Saúde – O Departamento Regional de Saúde, em Santo André, alerta médicos do Grande ABC para o perigo potencial da epidemia de dengue e do reaparecimento de casos de febre amarela no Estado. As duas moléstias são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

Em 30 de abril de...

1916 – José de Mello Franco, funcionário do Tesouro do Estado, visita Santo André.

- A guerra. Do noticiário do Estadão: a insurreição na Irlanda.

1971 – Roberto Carlos canta no Clube da GE, em Santo André.

- São Caetano EC realiza o baile do seu 57º aniversário.

1976 – Mauá inaugura oficialmente o edifício do Fórum Theotonio Monteiro de Barros Filho, já ocupado e em funcionamento desde agosto de 1975.

Santos do Dia

- São Pio V, papa e confessor (Alexandria, 1504 – Roma, 1º-5-1572). Nome de batismo: Antonio Miguel.

Antes de chegar ao papado foi professor, prior de convento, superior provincial, cardeal, inquisidor e bispo.

Grande reformador da Igreja. É venerado por ter unido a Europa, acabando com as guerras internas.

Colaboração: padre Evaldo César de Souza, CSsR

- Lourenço de Novara

- Hildegarda

- Sofia

Hoje

- Dia Nacional do Ferroviário. Criado em 1953. Marca a data de inauguração da Estrada de Ferro Mauá, a primeira do Brasil, no Rio de Janeiro.

- Dia Nacional da Mulher

Nas Ondas do Rádio

Viagem no Tempo – Internet: www.viagemnotempo.net. Produção e apresentação: Marcelo Duarte.

- Vinte e quatro horas por dia no ar, com programas especiais aos fins de semana:

- Rádio Vitrola – sábados, 22h, com reprise aos domingos, 7h.

- Clássicos Sertanejos – domingos, 6h.

- Momento Jovem Guarda – domingos, 10h, com reprise às 22h.

- Ao Som de um Bolero – domingos, 11h.

Rádio ABC (1570) – Causas Nobres. Ao vivo, no estúdio, Dirce Florio Moretti e Airton Guidolini, representantes da Creche São Jerônimo. Produção: Luiz Carlos Gimenes; apresentação: Antonio Dalto. Hoje, às 10h.

Bandeirantes AM (840) e FM (90,9) – Memória. Serestas, serenatas e seresteiros – 2º programa da série. Quem narra a pauta desta edição é o seu produtor e apresentador, jornalista Milton Parron:

- O segundo seresteiro da série sobre os cantores da época de ouro do rádio será Gilberto Alves (Rio de Janeiro 2015 – Jacareí, SP, 1992)

- Fugiu de casa aos 12 anos, junto com o irmão mais velho, e passou a trabalhar como carregador de marmitas. Pouco depois, aprendeu o ofício de sapateiro, passando a viver dessa profissão.

- Mesmo trabalhando, fez o curso secundário e passou a reunir-se com amigos para participar da diversão predileta dos homens jovens e maduros daquela época, as serestas e serenatas – serestas em ambiente fechado, serenatas ao relento, sob o sereno.

- Gilberto Alves gravou muitos sucessos destacando-se Pombo Correio, Gosto Que Me Enrosco, Recordar, E Você não Dizia Nada, Se Eu Morrer Amanhã e o grande sucesso do Carnaval de 1961, De Lanterna na Mão.

Hoje, às 23h, com reprise amanhã, às 5h. 




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