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Caixa perde R$ 320 mi com parte do Panamericano
22/11/2010 | 07:03
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Quando a Caixa Econômica Federal comprou 35,5% do Banco Panamericano por R$ 740 milhões, em novembro de 2009, o banco de Silvio Santos valia R$ 2,1 bilhões na Bolsa de Valores de São Paulo.

Na quinta-feira, o chamado valor de mercado havia desabado para R$ 1,2 bilhão. Ou seja, só nesse item, a instituição controlada pelo governo federal perdeu mais de R$ 320 milhões - diferença entre a participação de 35,5% em relação a R$ 2,1 bilhões e a R$ 1,2 bilhão.

Uma das várias questões que intrigam o mercado no caso Panamericano é o fato de o banco ter conseguido dois grandes aportes de capital quando aparentemente já enfrentava problemas.

Segundo o Banco Central, há indícios de que as fraudes contábeis começaram há cerca de quatro anos, ou seja, em 2006. Mas não é só isso. Rumores sobre a solidez do banco eram correntes há alguns anos.

 

Técnicos do Banco Central descobriram buraco de R$ 2,5 bi

O buraco de R$ 2,5 bilhões no Banco Panamericano foi descoberto pelo BC (Banco Central do Brasil) ao cruzar informações de carteiras de crédito vendidas pela instituição financeira com as carteiras de crédito dos compradores.

Para surpresa dos técnicos do BC, as carteiras, mesmo vendidas, não saíram do balanço do Panamericano. Portanto os resultados apresentados estavam mais gordos do que deveriam ser,

O Panamericano só não quebrou porque o controlador, o apresentador de TV Silvio Santos, obteve empréstimo do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) e deu como garantia o seu patrimônio, incluíndo o SBT e o Baú da Felicidade.




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