Marcada pelo acidente que matou criança de 1 ano e 2 meses, há 57 dias, no Parque Esmeralda, em São Bernardo, a creche Francisco Diassis Gomes Teixeira não iniciará as aulas na segunda-feira, assim como o restante da rede municipal. A reforma do prédio, que completará um ano de inauguração dia 26, não foi finalizada pela H.Guedes Engenharia, responsável pela obra.

A Prefeitura de São Bernardo informou ontem que "falta a recomposição de algumas partes do revestimento", retirado em quase sua totalidade pela construtora, além do "tratamento das superfícies". Toda lateral do beiral da escola, inclusive o revestimento que desprendeu e atingiu a cabeça do menino, foi refeita. Além da parte externa, serviços estão sendo executados nas salas.

A H.Guedes foi procurada. Mais uma vez, não respondeu aos questionamentos feitos pelo Diário, inclusive sobre a reforma em curso.

Ontem à tarde, a equipe do jornal retornou na creche. Uma das coisas que chamaram a atenção foi o quanto operários, terceirizados da H. Guedes, lixavam as paredes do lado externo. Alguns já mexiam com pintura, inclusive no local do acidente - próximo ao solário externo. Procurada, a direção da escola disse, por meio de uma funcionária, que "qualquer informação seria fornecida pela Secretaria de Comunicação".
Um aviso aos pais da creche, que oficialmente é denominada Emeb (Escola Municipal de Educação Básica) Francisco Diassis Gomes Teixeira, estava afixado no portão de entrada. Ali, a direção informava que a data da reunião foi alterada para o dia 11, às 9h - inicialmente ocorreria amanhã. Pais entrevistados confirmaram.

A Secretaria de Educação não tem ainda a nova data para reínicio das aulas na creche. O número de alunos matriculados neste ano não foi informado - em 2011, segundo a administração, foram 147 crianças.

UNIDADE

No mesmo terreno funciona a Emeb Karolina Zofia Lewandowiska, de Ensino Fundamental. As aulas começam lá, normalmente, na segunda-feira.

Na parede frontal dessa Emeb, recados foram anotados pelos técnicos (provalvemente engenheiros), como "fissura mapeada 100%, FM, fissuras e trecho 1". O que deve implicar em futura reforma. 
A Polícia Civil ainda não recebeu o laudo da perícia técnica que deve revelar as causas do acidente.