Política Titulo Diadema
Ainda sem receber, dono de gramado cobra Lauro

Proprietário da empresa quer intervenção do prefeito de Diadema em impasse no campo da Vl.Alice

Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
11/02/2016 | 07:00
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Anderson Silva/DGABC


Sem receber há quase três meses após finalizar cerca de 90% do projeto de instalação de gramado sintético e modernização do campo de futebol de várzea da Vila Alice, em Diadema, a Soccer Grass Assessoria e Empreendimentos Esportivos cobra intervenção do governo do prefeito Lauro Michels (PV) para solucionar impasse. Dos R$ 975 mil prometidos pelo Ministério do Esporte e da gestão Lauro, apenas R$ 410 mil foram repassados à empresa, em processo que se arrasta desde 2014. A obra foi prometida para maio do ano passado.

A praça esportiva, situada na Rua Guaíra, 345, está abandonada, sem iluminação e com alambrado danificado. Moradores reclamam de falta de segurança e atletas amadores contestam a ausência de espaço para práticas esportivas.

“Se tornou verdadeiro drama, que só nos deixa a opção de pedir por ajuda. Falta pouco para acabar o projeto. Se tivéssemos o dinheiro em dez dias, tudo seria finalizado. Agora não temos a verba nem prazo específico. O material está vulnerável e vai se deteriorar sem acabamento”, reclamou o proprietário da Soccer Grass, Alessandro Oliveira.

No mês passado, o Diário revelou que parte dos moradores passou a realizar partidas de futebol mesmo sem o acabamento do projeto, o que foi repreendido pelo dono do gramado. “Essa grama é artificial e precisa da inserção de borracha para dar aderência e preservar. Ocorrendo o uso, sem esse material, acelera a deterioração do restante. Por isso, precisa vir alguma ajuda”, acrescentou o empresário.


RECLAMAÇÃO
Atletas locais e moradores da Vila Alice passaram a realizar nos últimos dias serviços de capinagem nos arredores da praça esportiva. Jogador do Tipoia – um dos times de várzea do bairro –, o instalador de coifa Paulo Henrique dos Santos, 30 anos, revelou descontentamento com o governo Lauro. “Se nada está acontecendo, acho que caberia à Prefeitura nos dar uma satisfação, mas ninguém aparece. O lazer vai se acabando.”

Outro atleta do bairro, Paulo de Alencar Mariano, 44 anos, que é mecânico, revelou a elaboração de protesto simbólico. “Na semana que vem, faremos um bolo e vamos cantar parabéns para comemorar um ano que os serviços foram iniciados”, contou, referindo-se à placa com descrição do projeto, cujo início foi datado em 22 de fevereiro de 2015.

Por nota, o governo Lauro alegou que na semana passada enviou relatório de prestação de contas do projeto à Caixa Econômica Federal – responsável pela transferência da verba – e que ainda aguarda posicionamento da instituição financeira em relação ao dinheiro do convênio. 




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