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TRW venderá fábrica de válvulas em Sto.André
Por Alessandra Ber
Da Redaçao
18/05/1999 | 00:17
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A direçao mundial da TRW Inc. anunciou nesta segunda-feira em Cleveland, nos Estados Unidos, que deixará de atuar no setor de válvulas de admissao e escape de veículos. No Brasil, a empresa informou que está colocando à venda suas unidades produtivas localizadas em Santo André e em Três Coraçoes, em Minas Gerais.

De acordo com o gerente de Marketing da TRW do Brasil, Helder Bocaletti, a empresa tem o intuito agora de focar sua atuaçao na produçao de suspensoes, direçao e freio. Mundialmente, a empresa fortalecerá também a atuaçao nos segmentos de sistemas de segurança dos passageiros (air bag e cintos de segurança) e caixa de direçao.

Segundo o comunicado oficial da TRW Inc., o presidente da empresa, Joseph Goman, afirmou que a decisao está atrelada às metas de reduzir, no prazo de 18 meses, em US$ 2,5 bilhoes o débito global da empresa. Contribuiu para essa dívida a aquisiçao do grupo Lucas Varity, detentor da brasileira Freios Varga, em 11 de maio. "A reduçao do débito é a prioridade imediata da TRW", afirmou Goman no texto.

A negociaçao das unidades está estimada entre US$ 1,2 bilhao e US$ 1,5 bilhao. Segundo Bocaletti, há três empresas que manifestaram interesse pelas duas unidades: Federal Mogul, Dana e Mahle, as duas últimas de Diadema e Sao Bernardo, respectivamente. A Dana disse nesta segunda, por meio de sua assessoria de imprensa, que nao confirma a informaçao. "Mas ainda nao sabemos como será a venda, se contará com ativo trabalhista ou nao", afirmou Bocaletti.

Na unidade de Santo André, a TRW mantém 528 trabalhadores, enquanto a planta de Três Coraçoes conta com 195 empregados. O contingente da TRW Inc. tem 6 mil trabalhadores.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André, José Tomaz Neto, "a empresa informou por telefone que iria colocar nos quadros de aviso a intençao de venda da fábrica para comunicar os trabalhadores". O sindicalista afirmou que pretende ainda nesta terça se reunir com a direçao da empresa para discutir o assunto e, principalmente, os empregos: "Nao interessa quem é o patrao. Isso dá na mesma. Queremos a manutençao da fábrica e das vagas no Grande ABC. Nossa preocupaçao é saber se o negócio já foi fechado".




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