Metade das famílias da região é da classe B. Enquanto este grupo responde por 48% dos moradores das sete cidades, a classe C representa 42,4% da população.

Considerando apenas as cidades de Santo André, São Bernardo e São Caetano, a representatividade da classe B é ainda maior, com 56,6%. No mesmo recorte, 34,4% das famílias são da classe C.

As informações compõem recente pesquisa socioeconômica realizada pela USCS (Universidade Municipal de São Caetano). A margem de erro é de três pontos percentuais. Os dados foram coletados no ano passado são referentes a agosto.

De acordo com o coordenador do instituto de pesquisa da USCS, Leandro Prearo, a região possui grande parte da população da classe C há muito tempo. E com a melhora de vida, esse grupo ascendeu e hoje contribui para deixar a massa da B maior.

Ele explicou que a classificação de consumo das famílias é baseada no Critério Brasil, da Abep (Associação Brasileiro das Empresas de Pesquisas).

"A renda das famílias não é levada em consideração. O que vale para saber se pertencem à classe A, B ou C são os produtos e cômodos que estão nos domicílios", explicou o pesquisador. Os investimentos e dinheiro em poupança também não são relevantes.

Para a classificação, é levada em consideração a quantidade, nas casas, de televisão em cores, rádio, banheiro, automóvel, empregada mensalista, máquinas de lavar, aparelho de DVD, geladeira e freezer.

Prearo destacou que o grau de instrução do cheque de família também contribui para a classificação. "O limite é de 46 pontos (classe A). E se o chefe de família completou o Ensino Superior, já são atribuídos oito pontos."

Portanto, se hipoteticamente um trabalhador, apenas com Ensino Médio completo, tivesse renda mensal de R$ 12 mil, mas não possuísse todos os itens da classificação, ele seria da classe C.

MENOS - Os mais ricos e os menos abastados são a minoria no Grande ABC. Tanto a classe A quanto o conjunto dos grupos D e E representam cada um 4,8% da população.

Segundo Prearo, a maiora dos menos qualificados quanto à classe de consumo está fora de São Caetano, Santo André e São Bernardo. Nas três cidades, o conjunto das classes D e E representa 2,2% das famílias. Enquanto na região, são 4,8%.