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Cobras invadem ruas e residências e deixam população com medo

Agentes de zoonoses darão orientações no bairro na próxima semana

Por Leonardo Santos
Especial para o Diário
28/11/2015 | 07:00
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Moradores do Jardim Oratório, em Mauá, estão apreensivos devido à constante aparição de cobras em suas residências, próximas ao Rodoanel Mário Covas. Além da aparição dos répteis, alguns deles venenosos, os vizinhos estão insatisfeitos com o acúmulo de lixo em frente às casas, que atrai ratos, baratas e moscas.

Moradora há 27 anos do local, Maria Lúcia Texeira, 47, guarda como prova duas cobras mortas dentro de uma garrafa. “É bem frequente. Cada dia escutamos alguém falando que achou ou matou uma delas”, relata. Segundo a dona de casa, a aparição das serpentes começou depois da construção do Rodoanel, inaugurado em 2010. “Nunca vi. Elas surgiram depois da construção da rodovia. Desde então, convivo com esse medo de entrar em casa e achar uma lá dentro.”

O primo de Maria Lúcia, Antônio Texeira, 48, fala sobre o esquecimento da Prefeitura em relação ao lugar. “Ligamos diversas vezes e fomos ignorados”, declara. “Tem muito rato por aqui, e as cobras aparecem para comê-los”, revela.

A situação assusta a filha da moradora, Giovanna Texeira, 23, que tem um bebê. “A gente tem medo de andar na rua porque uma cobra pode aparecer”, diz.

Segundo os moradores, a cobra mais vista é a jararaca, que é peçonhenta. Seu veneno provoca dor, inchaço, vermelhidão, manchas e bolhas pelo corpo. Ela é encontrada em todo o território nacional. Porém, vizinhos declararam que já avistaram cascavéis pela área, reconhecidas pelo chocalho característico da espécie. Esta serpente vive geralmente em cerrados e caatingas.

Quando se é picado por uma cobra, a primeira coisa a se fazer é manter a calma, porque o veneno pode se espalhar rapidamente pelo corpo conforme os batimentos do coração. Depois, é necessário identificar a espécie e procurar atendimento médico.

Segundo o artigo 29 da Lei número 9.605/1998, matar espécimes da fauna silvestre, nativos ou migratórios, sem a devida permissão, licença ou autorização é passível de punição com detenção de seis meses a um ano e multa. A recomendação é entrar em contato com os bombeiros (193) ou com a Polícia Militar (190), que são treinados para este tipo de situação.

Procurada, a Prefeitura informou que não há registros no DCZ (Departamento de Controle de Zoonoses) nem na Coordenadoria de Defesa Civil sobre o aparecimento de cobras na localidade. O Executivo afirmou que na próxima semana a região vai receber ações do DCZ e do Programa Cata-Bagulho, dirigidas para o combate dos criadouros de mosquito da dengue, mas que também vai contemplar o recolhimento de lixo das vias públicas.

As reclamações podem ser dirigidas para o Disque 156, da Prefeitura de Mauá, e para a Defesa Civil pelo 199. Também pode ser acionado o DCZ pelo telefone 4544-1240. 




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