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Advogado tira o terno e põe o pé na estrada
Por Bianca Daga
Especial para o Diário
27/09/2010 | 07:17
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Tiago Silva/DGABC


A quantidade de medalhas e troféus expostos nas prateleiras vão na contramão aos montes de livros e pilhas de processos que geralmente decoram um escritório de advogado. Mas é assim que Paulo Eduardo Fonseca trabalha: olhando para o resultado de horas de treinamentos e competições.

A rotina é intensa e dividida entre os clientes e as passadas. Das 6h às 8h, corrida; das 9h às 18h30, dedicação total à profissão; e das 19h às 20h30, ele tira o paletó e volta a acelerar. Aos domingos, mais de seis horas de atletismo. São cerca de 200 quilômetros semanais, média de 25 por dia. "É treinando que alivio o estresse. O melhor momento do meu dia é tirar o terno e colocar o shorts e a camiseta", diz.

Os números incomuns não param por aí. Paulo já participou de mais de 150 competições, entre 20 maratonas, 17 ultramaratonas e algumas provas curtas. A soma final resulta em mais de 4.000 quilômetros percorridos.

A maior prova da qual participou foi a 1ª Ultramaratona de São Caetano, com duração de 24 horas. Ele percorreu 201 quilômetros no Vila São José. O treino mais longo teve nove horas e 100 quilômetros.

Tudo começou há dez anos, quando precisou emagrecer. "Eu estava com 106 quilos e hoje, peso 76."

Mas o advogado ainda pensa em ir mais longe. Em outubro, percorrerá 186 quilômetros de Santo André a Aparecida. Outro projeto é um Ironman, prova de 42 quilômetros de corrida, 180 de bicicleta e 3,8 de natação. "Me sinto realizado, mas com certeza não cheguei no meu limite", garante.

Família se rende ao espírito esportivo e acelera junto
Paulo deu o tiro inicial para que toda a família despertasse espírito esportivo e formasse o pelotão Fonseca.

O pai, com quem o ultramaratonista sempre jogou bola, foi o primeiro a aderir ao estilo de vida saudável e começar a correr.

A segunda a entrar na brincadeira foi a mulher, que uniu o útil ao agradável. "Além de ter engordado uns quilinhos, ela reclamava de eu treinar e correr aos domingos. Depois começou a ir comigo e pegou gosto pela coisa. Hoje, é ela que me acorda para treinar", brincou Paulo.

O corredor também ditou ritmo novo para o cotidiano da irmã, que apesar de não levar o atletismo tão a sério, compete de vez em quando.

Para que a equipe Fonseca fique completa, só falta uma integrante, que já está em fase de treinamento. "Minha mãe caminha de vez em quando, mas, às vezes, faço ela participar de algumas provas", contou o atleta.

Hoje, a rotina acelerada é motivo de felicidade. "Sou orgulhoso por ter mudado o hábito de vida de toda a família. Só nos fez bem", finalizou.




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