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Desembargador pede reforma no Judiciário

Juiz federal, Fábio Pietro de Souza pontua críticas ao sistema ao receber homenagem em S.Bernardo

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
11/11/2015 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Desembargador do TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região, Fábio Pietro de Souza avaliou ontem a necessidade imediata da aplicação de reforma judiciária no País, em meio a discurso crítico do atual sistema, que, segundo ele, “está mal incentivando” a nova classe de juízes.
A afirmativa ocorreu durante sessão solene na Câmara de São Bernardo. Ele recebeu título de cidadão são-bernardense proposto pelo presidente do Legislativo, José Luís Ferrarezi (PT).

“Temos incentivado mal uma geração de juízes, tendo em vista que se demora 20 anos para formar o profissional. Hoje, a acusação está sem critério, sem fundamento. Há preferência por indiciar políticos, empresários ou integrantes da elite. O sistema precisa mudar”, pontuou.

O magistrado foi eleito ao cargo máximo do TRF para o biênio 2014-2016 após receber 97% dos votos. No discurso em São Bernardo, numerou outras falhas no sistema judiciário, detalhando falta de fiscalização e controle em situações corriqueiras de atuação. “Temos juízes que não dão uma sentença há dez anos e outros que possuem mais de 30 assessores. Um exemplo como este resume o quadro que estamos de crise do País”, adicionou ele.

O desembargador justificou que suas considerações são em busca de contribuição. “É fundamental ter um sistema de fiscalização sob qualquer um que exerça o poder. Seja público, semipúblico ou privado. E nós não tínhamos um controle eficiente”, acrescentou.

HOMENAGEM
O magistrado, que possui 35 anos de experiência, revelou ter recebido seu primeiro título. O ato foi marcado pela presença de presidentes de OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) da região e do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT).

Autor da homenagem, Ferrarezi descreveu que tinha o objetivo de homenagear profissional do sistema judiciário com atuação destacada. “Pensei na iniciativa, buscando achar um profissional que pensasse o Judiciário de uma forma crítica. Aos olhos de muitos de longe não há problemas neste setor. E é necessário debater isso. Não existem dificuldades somente com a classe política. Ele pontuou várias questões e para mim vejo que a decisão de título foi acertada.”  




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