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Contratos feitos por Gilson são revistos
Por Gislayne Jacinto
Do Diário do Grande ABC
22/02/2001 | 00:14
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O secretário de Finanças da Prefeitura de Diadema, Sérgio Trani, está tentando reduzir os valores da dívida de R$ 33,3 milhões com fornecedores, incluindo uma dívida de R$ 17,8 milhões com o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e determinou a realização de uma auditoria em todos os contratos para verificar se os valores estão corretos.

A auditoria está prevista para ser concluída no próximo mês. A negociação com os fornecedores, segundo ele, começará apenas no dia 1º de abril. Trani afirmou que a intenção da administração é diminuir os valores por meio de acordos. Dependendo do montante, a idéia é de uma proposta de pagamento que seja estendida por vários anos.

Segundo o secretário, as dívidas se referem aos anos de 1998, 1999 e 2000. Trani disse que muitos fornecedores o procuram na Prefeitura para conversar. “Vamos pedir prazos e encontrar a melhor maneira possível para resolver o problema. As conversas estão apenas começando”, disse.

O secretário disse, ainda, que a auditoria está sendo feita porque há dúvidas envolvendo os números. “Estamos verificando se há irregularidades em contratos. Já verificamos, inclusive, alguns problemas de ordem judicial”, disse o secretário.

Ele não descarta até a busca do Poder Judiciário para solucionar possíveis impasses em contratos.

Valores – Além das dívidas acumuladas, segundo Trani, alguns preços foram cobrados acima do mercado. “Como alguns pagamentos eram feitos com atrasos, alguns fornecedores alteravam os preços e isso não podia ter acontecido”, afirmou.

O secretário disse, também, que lamentava a administração anterior ter deixado dívidas para o prefeito José de Filippi Júnior (PT). “A gestão passada não poderia ter deixado restos a pagar. Isso é um problema sério e não poderia ter acontecido. A Lei de Responsabilidade Fiscal não permite esse tipo de procedimento. Lamentamos ainda o fato da administração anterior não ter equalizado as finanças do município. Isso é uma coisa bastante complicada”, afirmou.

Outros números – O ex-prefeito Gilson Menezes (PSB) foi procurado ontem pelo Diário, mas não deu retorno para comentar sobre a dívida. No início deste ano, Gilson negou que tivesse deixado um valor tão alto de restos a pagar. O prefeito disse, na ocasião, que apenas R$ 8 milhões ficaram pendentes.

O ex-prefeito afirmou, também à época, que, em janeiro de 1997, herdou uma dívida de R$ 17 milhões de Filippi, a quem sucedeu. Filippi negou o valor e disse ter deixado R$ 6 milhões de restos a pagar.




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