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Movimento na estaçao Perus está abaixo do normal
Por Do Diário do Grande ABC
01/08/2000 | 09:54
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O movimento na estaçao de trem de Perus foi um pouco abaixo do normal no sentido Brás na manha desta terça-feira. Os trens operam normalmente, com intervalos de dez minutos.

Cerca de seis mil usuários freqüentam a estaçao diariamente. Após o acidente de sexta-feira, em que nove pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas, o tráfego de trens ficou interrompido e só foi normalizado no final da tarde de segunda-feira. Doze pessoas continuam internadas. O caso mais grave é de Osmar de Oliveira Santos, que continua na UTI.

Na manha de segunda-feira, a CPTM informou que já havia removido os dois trens que se chocaram no acidente e que a rede de energia havia sido recuperada.

Passageiros que usarem os trens da CPTM a partir da estaçao Perus estao isentos de pagar R$ 1,10 pelo bilhete por tempo indeterminado.

O secretário de Transportes Metropolitanos de Sao Paulo, Cláudio de Senna Frederico, reafirmou que a CPTM vai cobrir todas as despesas de famílias que tiveram membros mortos ou feridos no desastre. Na segunda, foi iniciada uma triagem em hospitais para colher dados sobre os feridos que estao ou estiveram internados devido a colisao.

Acidente - Por volta das 19h de sexta-feira, houve uma queda de energia que provocou a parada do trem na estaçao de Perus. Duas horas mais tarde, um trem em movimento que estava vazio começou a se locomover em direçao à outra composiçao, cheia de passageiros. O choque atingiu oito vagoes e a frente do trem que estava em movimento ficou completamente destruída. Duas plataformas de pedestres que ficavam sobre o local foram derrubadas.

A CPTM, por meio de sua assessoria de imprensa, confirmou que houve o rompimento de um cabo de energia entre as estaçoes de Jaraguá e Perus e a conseqüente falta de luz. Um trem vindo do Jaraguá, que perdeu os freios pela falta de eletricidade, seguiu em direçao àquela estaçao, segundo justificou a companhia. A CPTM alegou que tentou avisar a composiçao parada em Perus para esvaziar todos os vagoes, mas nao houve tempo. A Eletropaulo nega que tenha havido queda de energia, mas imagens do local mostraram a estaçao às escuras.

Uma testemunha do acidente disse que quando o trem bateu na traseira do outro, várias pessoas caíram para fora dos vagoes e foram atropeladas pelos vagoes descarrilados.

Causas - Para o Secretário Estadual de Transportes, Cláudio de Sena Frederico, o acidente teria sido causado tanto por falha humana quanto por problemas técnicos. De acordo com Frederico, houve a queda do cabo que leva energia à composiçao e um trem, cujos passageiros já haviam desembarcado devido à falta de luz, ficou parado no alto de uma colina e, por motivos ainda desconhecidos, perdeu o freio e começou a descer a rampa. A composiçao colidiu na traseira de outro tem que estava num trecho com energia, na estaçao de Perus. O maquinista do trem teria sido orientado a partir, pois outra composiçao iria atingi-lo, mas os passageiros estavam embarcando e nao houve tempo para deixar o local.

Ainda segundo o secretário, uma das hipóteses para a queda de energia pode ter sido o rompimento do cabo em decorrência da variaçao repentina da temperatura, quando o pantógrafo (haste sobre o trem que encosta no fio) passou num ponto danificado pela variaçao térmica e arrancou uma parte do cabo.




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