"Trata-se de uma estimativa bruta e aproximada, já que é difícil calcular o volume de atos clandestinos, mas falamos de uma cifra realista", revelou Kaufman durante o encontro para a assinatura da Convenção da ONU contra a corrupção, em Mérida, no sudeste do México.
O funcionário reafirmou que a aplicação das medidas da Convenção anticorrupção "levará a longo prazo a um crescimento de 400% na renda per capita de cada país". "A corrupção é como um imposto de 20% pago por todos", inclusive os investidores estrangeiros, e "isto impede a geração de riqueza nas economias nacionais".
A Convenção da ONU contra a corrupção foi firmada por 50 países e entrará em vigor após a ratificação do documento pelos Congressos de 30 países. Durante a assinatura da convenção, a ONU entregou aos delegados presentes um manual com 44 recomendações legais, econômicas e políticas para combater a corrupção.
Entre as principais recomendações estão:
- Formação de agências nacionais especializadas no combate à corrupção, que operem com independência para agilizar e institucionalizar tal missão.
- Fortalecimento das instituições judiciais com um código de ética, integridade, competência e profissionalismo.
- Profissionalização do funcionalismo público para melhorar a qualidade dos serviços prestados, e pagamento de salários justos para deter a corrupção.
- Códigos de ética e conduta nos setores público e privado.
- Planos de ação contra a corrupção a nível nacional.
- Autoridade auditora que verifique os contratos do governo.
- Redução da burocracia.
- Garantia de proteção a testemunhas e informantes.
- Devolução dos recursos ilícitos a seus países de origem.
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