Mato alto incomoda quem vive na Rua Sebastião Augusto Rabello, no Jardim Rina, em Santo André. Segundo moradores, há pelo menos três anos o espaço não recebe capinação e há quatro carros abandonados ali, acumulando água e causando risco de dengue.

O que dificulta a resolução do problema é que o terreno pertence a um dos vizinhos, que não foi localizado pela equipe do Diário.

Entre a área e uma das casas há viela que também está com mato alto. O desempregado Alexander Mendes, 42 anos, disse já ter limpado o local duas vezes por conta própria. “Nesse tempo de chuva, o mato cresce rápido. Fui obrigado a chamar a Prefeitura.”

Mendes mora no local há três anos e nunca viu manutenção no terreno. “Entrei em contato com a Prefeitura, por meio da ouvidoria. Eles notificaram o proprietário para resolver o problema em 30 dias, mas até agora nada.”

O que mais preocupa a vizinhança é acúmulo de água parada nos carros, o que aumenta o risco de dengue. “Vejo os mosquitos, mas não sei se transmitem a doença. Tenho medo”, disse a dona de casa Neusa Dias, 54.

Já a dona de casa Tabata Fernanda Ferreira, 34, já contraiu dengue e tem medo de que aconteça de novo. “Se pegar a doença novamente, corro risco maior de que seja a forma hemorrágica, mais grave.”

Procurada, a Prefeitura informou, por meio da Secretaria de Saúde, que uma equipe da GCZ (Gerência de Controle de Zoonoses) realizou vistoria no local na quinta-feira, mas não foi possível entrar no terreno, que está murado e tem portão trancado com cadeado. Porém, foi possível constatar os problemas apontados pelos moradores. A Pasta explicou ainda que, no momento da vistoria, os agentes ambientais de Saúde encontraram o fiscal da gerência de fiscalização e uso da via, que também tem a atribuição de fiscalizar terrenos com mato alto e acúmulo de inservíveis. O proprietário será notificado pela Secretaria de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos para realizar a limpeza do terreno.