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Após reforma, Prefeitura de São Caetano reabre cinco bicas públicas

DAE garante qualidade da água, que vem de poços
artesianos e é avaliada diariamente pelos técnicos

Yago Delbuoni
Especial para o Diário
21/03/2015 | 07:00
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Ricardo Trida/DGABC


Os moradores de São Caetano poderão usar novamente água de cinco bicas públicas da cidade, que foram reabertas ontem, após reforma no valor de R$ 450 mil. A qualidade do líquido é garantida pelo DAE (Departamento de Água e Esgoto), responsável por manter os espaços.

A entrega das bicas à população faz parte das celebrações do Dia Mundial da Água, a ser comemorado amanhã, e da Semana Mundial da Água, lembrada entre os dias 23 e 27.

Das 11 bicas existentes no município, cinco foram entregues ontem: Juruá e Capivari (no bairro Mauá), Conde de Porto Alegre e Ivaí (bairro Santa Maria) e Ceará (bairro Fundação). A reforma durou cerca de um ano. Outras duas seguem em processo de manutenção – Clóvis Bevilacqua e Pellegrino Bernardo,

O diretor-geral do DAE, Osmar Silva Filho, explicou que a demora para a liberação das bicas aconteceu pela dificuldade enfrentada na licitação. “Abrimos concorrência no início do ano passado, porém, todas as empresas participantes foram desclassificadas, o que nos obrigou a refazer o processo e levou mais tempo que o ideal.”

O prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), disse que a população da cidade está acostumada a se servir das bicas. “É uma tradição que temos o dever de manter. Com as reformas, oferecemos serviço melhor, combatendo desperdícios com os temporizadores.”

A empregada doméstica Sandra Souza, 35 anos, vive próximo ao Poço Capivari e aprova a retomada da operação. “Acho maravilhoso, porque vai ajudar muita gente.”

Sem os poços, Sandra era obrigada a gastar R$ 24 por mês para comprar galões de água. “Agora posso destinar o dinheiro a outras coisas. Assim que terminar os galões, vou direto para os poços”, garantiu.

Apesar de atualmente não usar a bica Capivari por já ter comprado um filtro de água, a dona de casa Maria dos Anjos, 51, disse que a vizinhança sentiu falta da bica. “Utilizava muito para o consumo da minha casa. A água tinha qualidade, só deixei de usar pela comodidade que o filtro traz. Mas sei que os meus vizinhos sentiram falta”, falou.

A qualidade da água encontrada nas bicas ainda gera dúvidas entre a população. Perto da Ivaí, a comerciante Lucimara Cemefontes, 50, disse que está desconfiada. “Não sabemos quais foram os processos aos quais o líquido foi submetido. Antes eu usava as bicas, fui obrigada a comprar galões. Só volto a ter confiança se o prefeito provar a água em público.”

Questionado sobre o assunto, o diretor-geral do DAE garantiu a qualidade. “A água das bicas passa por testes diários. Os requisitos estão de acordo com os preconizados pelo Ministério da Saúde e são aferidos pela Vigilância Sanitária. Foi constatado que a água atende o padrão exigido.”

As bicas Clóvis Bevilacqua e Pelegrino Bernardo, que ainda estão em reforma, devem ser entregues no segundo semestre, conforme o diretor da autarquia. “Nestes locais fomos obrigados a instalar ETAs (Estações de Tratamento de Água) porque foi atestado excesso de ferro, já que a perfuração retirou muita água. Para ter a ETA, é necessário passar por outra licitação, e o processo demanda tempo.” 




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