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Aécio começa por São Paulo plano de virada à Presidência

Senador inicia fase da eleição no maior colégio
eleitoral do País e tenta não repetir erro de 2010

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
07/10/2014 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Presidenciável do PSDB, o senador Aécio Neves deu largada ontem à campanha de segundo turno por São Paulo, maior colégio eleitoral do País. O tucano reuniu correligionários e aliados no comitê central do partido, no Jardim Europa, visando traçar estratégia na tentativa de virar o jogo sobre a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, ao “ampliar” vantagem em território paulista. “Agradeço a todas as regiões do Brasil, mas hoje em especial a São Paulo”, frisou. O candidato obteve 10,1 milhões de votos no Estado (44,22%), 4,2 milhões a mais do que a petista (25,82%).

Aécio vai fazer atividade hoje novamente na Capital. Ontem, ele desembarcou em solo paulista ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), reeleito no primeiro turno com 12,2 milhões de votos, e de José Serra (PSDB), senador eleito, com 11,1 milhões de sufrágios. O ato serviu também para dar continuidade à fórmula utilizada logo no começo do páreo de união do tucanato, que, dividido, ficou sem forças em 2010. O presidenciável conversou ao pé do ouvido em diversos momentos da reunião com Serra, nome com quem disputou a vaga de postulante ao Planalto pela legenda.

O presidenciável frisou discurso de troca no poder como alternativa para atrair parceiros na reta final do processo. Segundo Aécio, o projeto do PSDB “agora não é apenas de um partido ou coligação” devido ao “sentimento de mudança que se espalhou” no País. “A soma dos votos obtidos pelas candidaturas de oposição demonstra isso de forma muito clara. São 60% da população que clamam por renovação. A nossa candidatura carrega a possibilidade concreta de o Brasil reencontrar o desenvolvimento.”

O tucano admitiu que recebeu ontem pela manhã telefonema da ex-senadora Marina Silva (PSB), terceira colocada na concorrência. “Ela me cumprimentou pelo resultado”, disse. Em contrapartida, Aécio negou que tenha tratado na ocasião de possível apoio da socialista à sua campanha. “Temos agora que dar tempo ao tempo. Cada liderança saberá o tempo de tomar a decisão. Não cabe a mim avançar neste tempo.” Por outro lado, alegou que há “absoluta convergência” com série de pontos do programa de governo socialista.

O candidato do PSDB citou surpresa ao abrir ontem os jornais e ler declarações de Dilma sobre “fantasmas do passado”, em referência a aspectos negativos das gestões tucanas na Presidência. “Na verdade, os brasileiros estão preocupados com os monstros do presente: inflação alta, recessão e corrupção.” 




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