O candidato da oposição venezuelana, Manuel Rosales, denunciou nesta quinta-feira um suposto plano para assassiná-lo e responsabilizou o presidente Hugo Chávez pelo tal complô, em um comício que terminou com incidentes provocados pelos militantes chavistas, sem registro de vítimas.

Carlos Melo, porta-voz da campanha de Rosales, afirmou que foi alvo de pedras e disparos de armas de fogo por parte de militantes com camisas vermelhas das missões sociais do governo.

Rosales acusou Chávez de ordenar "essas emboscadas". "Quero dizer à Venezuela que, se me acontecer algo, se me matarem, essas emboscadas são ordem de Chávez. O povo sairá às ruas e derrubará este governo se tentarem eliminar a possibilidade de que eu seja presidente da Venezuela", afirmou.

A denúncia de Rosales e os incidentes registrados acontecem depois que Chávez insistiu, na véspera, que os candidatos da oposição recebem ordens da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA na sigla em inglês).

Sobre as acusações de Chávez, Rosales comentou: "Não conheço George W. Bush e não quero ser marionete de ninguém. O outro senhor, sim, é amiguinho do barbudo (Fidel Castro) e faz tudo o que ele diz e, com suas idéias obsoletas, é um tirano que mantém preso o povo de Cuba".