O coordenador regional do PSDB, Márcio Canuto, tem a missão de recolocar o partido nos eixos. Ele foi eleito em outubro e vai até 2016 na função. Terá pela frente o desafio de unir as forças do partido nas eleições deste ano e da municipal, daqui a dois anos. Mas, a depender do discurso utilizado atualmente, a tendência é de divisão ainda maior no tucanato, que junta os cacos do resultado obtido nas urnas em 2012. Canuto prega união, mas critica aliados. Em recente conversa virtual com correligionários, o dirigente lembrou que em Santo André e Ribeirão Pires a legenda não elegeu um vereador sequer. Ao comentar sobre o quadro de São Bernardo (dois parlamentares, Juarez Tudo Azul e Hiroyuki Minami) e Rio Grande da Serra (Waldemar Perillo e Agnaldo de Almeida), Canuto diz que muitas vezes tem a impressão de que o PSDB também não elegeu ninguém, pois não vê nada que o partido faça a nível local ou estadual. O coordenador faz questão de ressaltar que a culpa não é dos presidentes municipais da sigla nessas cidades. Uma análise bem motivadora, dizem alguns tucanos, em tom de ironia. Canuto também insinua que as notícias deste Diário não repercutem no meio político. Esqueceu-se, no entanto, que sua mensagem aos tucanos do Grande ABC teve como foco principal justamente as reportagens do jornal. Coerência? Discurso agregador? Para quê, não é mesmo? Vamos em frente com esse morde e assopra.

Defesa tardia

Durante audiência pública sobre a Saúde de Diadema, na quarta-feira, o secretário José Augusto da Silva Ramos (PSDB) foi bombardeado de perguntas. Chegou a pedir ajuda do vereador Atevaldo Leitão (PSDB-foto). Suplente que está na vaga justamente do titular da Pasta, o parlamentar só se manifestou ontem, durante a sessão.

Distorção

Vereador de Ribeirão Pires, Renato Foresto (PT) pediu a palavra para justificar seu voto a um projeto de lei. Falou da ajuda do governo federal à cidade. Frisou que todos os vereadores eram Dilma. Disse, inclusive, que o prefeito Saulo Benevides (PMDB) apoiará a reeleição da presidente. Sobre a propositura que estava em pauta, não disse nada.

Por quê?

Ainda que com ressalvas, o projeto de Lei da Ficha Limpa Municipal de São Bernardo foi aprovado quarta-feira por unanimidade. Mas um vereador não votou porque estava fora da sessão: José Walter Tavares (PCdoB). Tem muita gente querendo saber o motivo da ausência do comunista em votação de proposta tão importante.

Cidadão são-caetanense

O desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, José Roberto Neves Amorim recebeu título de cidadão são-caetanense. A homenagem foi proposta pelo vereador Eder Xavier (PCdoB). O magistrado atuou na cidade de 1985 a 1990. Além dos familiares de Amorim, o evento de entrega da honraria teve presença do presidente do TJ-SP, José Renato Nalini, do diretor do Fórum de São Caetano, Dagoberto Jerônimo do Nascimento, do secretário estadual de Esportes, José Auricchio Júnior (PTB), dentre outras autoridades.