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Para Lula, subsídio dos EUA é nefasto ao livre comércio
Por Do Diário OnLine
Com Agência Brasil
08/03/2007 | 16:22
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou nesta quinta-feira de “nefastos ao livre comércio” os subsídios agrícolas concedidos pelo governo dos Estados Unidos. Lula encontra-se na sexta-feira, em São Paulo, com o presidente norte-americano, George W. Bush, e a questão dos subsídios agrícolas deverá ser um dos assuntos em pauta. 

Depois de receber, no Palácio do Planalto, em Brasília, o presidente da Alemanha, Horst Köhler, Lula pediu que a União Européia facilite o acesso dos produtos agrícolas de países pobres ao mercado europeu. A Alemanha preside atualmente a União Européia.

Na opinião de Lula, é preciso acabar com os subsídios para destravar as negociações da Rodada Doha, da OMC (Organização Mundial do Comércio), que estão paradas desde julho do ano passado.

“Queremos que a União Européia flexibilize o acesso ao mercado agrícola para os países mais pobres. E nem falo do Brasil porque, em se tratando de agricultura, o Brasil é muito competitivo. O que nós queremos é que os EUA possam diminuir os subsídios, tão importantes para os agricultores americanos, mas tão nefastos ao livre comércio que tanto apregoamos”, afirmou Lula.

“Da parte do Brasil e do G 20 (grupo de países em desenvolvimento), nós estamos dispostos, se levarmos em conta a proporcionalidade em função do tamanho de cada país, da situação econômica da cada país, a flexibilizar nos produtos industriais e nos serviços, para que possa haver acordo. Eu penso que a Alemanha joga um papel extraordinário, não só porque preside, mas porque a Alemanha é um país de muita força política na Europa”, completou.

Lula disse que espera, nas próximas quatro ou cinco semanas, anunciar “ao mundo que finalmente os países mais pobres terão uma chance de se desenvolver”. Ele voltou a afirmar que a Rodada Doha só será destravada se houver decisão política dos chefes de Estado envolvidos na questão.

Köhler declarou que é prioridade do governo alemão avançar nas negociações. “É preciso emitir um sinal de confiança no sentido de que a comunidade internacional é capaz de cooperar”, enfatizou Köhler. “Estou otimista que vamos conseguir levar essas negociações a um bom termo”, disse ele.

O presidente alemão reconheceu que a Rodada Doha é uma oportunidade chave para combater a pobreza mundial.




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