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Grupo monitora violação de direitos em todo País

Comunidade judaica atua na fiscalização da democracia de todo território nacional

Daniel Macário
Diário do Grande ABC
25/03/2019 | 07:00
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Defender os diretos fundamentais de cada cidadão com constante fiscalização de possíveis violações da democracia. Com essa proposta, foi criado, no fim de fevereiro, o primeiro Observatório Judaico dos Direitos Humanos no Brasil.

Com apoio de entidades semelhantes, grupo de intelectuais, jornalistas e ativistas tem empenhado esforços, junto a judeus, na articulação de projetos que visam preservar não apenas os direitos da comunidade como também da democracia do Brasil. “O observatório foi criado a partir dos conflitos causados durante a última campanha eleitoral, em 2018, cujas diversas ameaças aos direitos humanos e à democracia foram feitas, o que causou apreensão de brasileiros de origem judaica”, explica o jornalista Jayme Brener, integrante da coordenação do grupo.

Segundo ele, atendendo à necessidade de fiscalizar o andamento das ações do governo federal – comandado por Jair Bolsonaro (PSL) – e denunciar possíveis violações, o grupo tem empenhado esforços, dentro e fora do Brasil, para elaborar balanço sobre os 100 primeiros dias de gestão do presidente. A ideia é apresentar feedback sobre ações positivas e negativas da atuação de Bolsonaro em relação a quatro eixos de pesquisa: violência institucional e democracia, grupos vulneráveis, educação e meio ambiente. “Somos apartidários e queremos apontar possíveis caminhos ao governo para a defesa dos direitos fundamentais.”

Estima-se que a comunidade judaica no País seja formada por 120 mil pessoas, conforme a Conib (Confederação Israelita do Brasil). No entanto, segundo a coordenação do observatório, a atuação do grupo não será limitada apenas a judeus, mas se estenderá à sociedade brasileira como um todo. “Diversos setores da comunidade judaica têm mostrado interesse no trabalho desempenhado pelo observatório e preocupação com as ameaças de violação dos direitos humanos. Isso mostra o quão importante é este movimento”, destaca Brener. 




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