Política Titulo Destinos para a autarquia
Ajan aponta que abrir capital do Semasa agrada Paço andreense

Governo estuda modelos para sanar dívida;
decisão deve ser tomada no 2º semestre

Por Fábio Martins
do Diário do Grande ABC
08/07/2017 | 07:00
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André Henriques 2/6/17


O superintendente do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), Ajan Marques (SD), indicou em jornal de circulação interna que transformar a autarquia em empresa de capital aberto é o modelo que mais desperta interesse na cúpula do governo do prefeito Paulo Serra (PSDB). No comunicado direcionado a funcionários, o dirigente apontou que o Paço simpatiza com essa proposta entre diversas alternativas possíveis que passam hoje por estudo administrativo. “A que, em princípio, agrada mais o governo municipal é a criação de uma sociedade anônima, onde o Semasa preservaria a maioria das ações para ter o comando da S/A.”

A mudança no modelo é analisada tendo como principal objetivo resolver o impasse da dívida bilionária da autarquia, que possui passivo da ordem de R$ 3,4 bilhões, de acordo com cálculo da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). O Semasa, no entanto, diverge dos números apresentados pela empresa paulista – informações extraoficiais indicam que o total chegaria a R$ 1,7 bilhão. De fato, o que já tornou-se precatórios atinge a margem de R$ 400 milhões. Os débitos são referentes à diferença do valor pago pelo metro cúbico da água no atacado em relação ao preço cobrado desde a década de 1990.

A autarquia assinou em maio protocolo de intenções com a Sabesp para elaborar avaliação que visa o equacionamento das relações comerciais e das dívidas. O Semasa e a Prefeitura relataram que “buscam o modelo que mais é adequado às necessidades da população”. Existe sinalização de que o estudo do Paço, com a decisão sobre a fórmula a ser adotada, tende a ficar pronto no segundo semestre deste ano, uma vez que a estimativa é concluir o levantamento em até seis meses. No jornal, Ajan fala que a administração “não tem interesse nenhum que qualquer funcionário perca seus direitos e muito menos que o município deixe de ter o padrão de qualidade do atendimento que sempre teve”.

Análises preliminares – e extraoficiais – indicam que o Semasa valeria, como patrimônio, em torno de R$ 3 bilhões. Paulo Serra reconheceu que o governo considera essa possibilidade viável. Segundo o tucano, tornar a autarquia empresa de capital aberto “é boa opção”. “Atualmente, 25% dos precatórios estão ligados à gestão da água. Temos que resolver essa pressão. A cidade é a terceira com maior débito no País. Agora, o quanto a Sabesp declara é real? Estamos avaliando. Certo é que precisamos recuperar a capacidade de investimento do município”. Outras propostas já foram apreciadas. O governo Carlos Grana (PT) tentou, por exemplo, conceder parte dos serviços à Odebrecht Ambiental.  




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