Imaginem deitar na cama depois de um dia cheio de atividades e nadinha do sono aparecer. É assim que começa a aventura narrada em O Estranho Caso Do Sono Perdido (Editora Rocco, 36 páginas, R$ 34,50, em média). Escrito por Míriam Leitão e ilustrado por Fran Junqueira, o livro mostra a surpresa da neta ao saber que a avó precisa de seu remédio para conseguir dormir. O grande problema é que o medicamento não está na mala feita pela personagem principal, que realiza rápida visita para a menina, já que trabalha muito. 

Como vão dividir o quarto e para ajudar a resolver a situação, a garota sugere que as duas façam um passeio imaginário ao mundo dos sonos, a fim de achar onde está o de sua avó. No entanto, a imaginação é outra coisa que a vovó diz ter perdido já faz algum tempo. 

Diante disso, há um convite especial: elas vão viajar pelo mundo imaginário da garota, conforme sua narrativa. Com os olhos fechados, a protagonista começa a mentalizar tudo o que a neta diz, com muita riqueza de detalhes. A aventura começa com a dupla andando, de mãos dadas e cantarolando, por uma longa estrada, com muitas flores coloridas. O passeio é interrompido quando as duas avistam uma casa toda azul, grande e bonita, com grandes janelas. É quando resolvem entrar e descobrir que lá é um hospital para todos os tipos de sono, como Felpudo, Falante, Sonânbulo e até mesmo o Perdido. O local também conta com a chamada Sala do Trono do Rei dos Sonos, que administra todos os casos que chegam ali. 

“Vários sonos estavam deitados em camas. Equipes de médicos e enfermeiros circundavam cada um, aplicando o tratamento de recuperação. Lá no fundo tinha o quartinho separado do caso grave: o sono da minha avó”, narra a garotinha em um trecho do livro.

Com a ajuda de todos esses elementos, vovó entende o porquê de seu sono ter ido embora e onde estava. O livro é divertido e traz lindas ilustrações do mundo imaginário.