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Comércio de rua tem expectativas de crescimento em 2000
Por Do Diário do Grande ABC
25/12/1999 | 16:44
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O comércio de rua de Sao Paulo entrará em 2000 com expectativas bem melhores do que tinha em dezembro de 1998. Depois de notar aumento do número de consumidores da Rua 25 de Março e redondezas e o movimento inesperado em antigas zonas de consumo no Brás e no Bom Retiro, os comerciantes agora esperam movimento de proprietários de estabelecimentos do interior e de outros estados, que buscarao repor os estoques, e de sacoleiros da Argentina, Paraguai, Uruguai, Peru e Bolívia.

"Até mesmo setores que venderam mal nos últimos dois meses, como os de tecidos, bordados e armarinho, terao movimento a partir de agora porque as confecçoes do Brasil inteiro precisarao repor estoque", disse o presidente da Uniao de Lojistas da Rua 25 de Março e Redondezas, Rezkalla Tuma. "Também deveremos vender bem para comerciantes do interior e sacoleiros da América do Sul quase inteira, que querem aproveitar a baixa do real diante do dólar."

O comércio de rua do centro da cidade, informou Rezkalla teve um renascimento este ano. "Na Rua 25 de Março e regiao, tivemos um crescimento efetivo de 15% no faturamento em relaçao a dezembro do ano passado." No caso dos shoppings centers, o resultado estimado é de aumento entre 5% e 10% no faturamento, superior às expectativas da Associaçao Comercial de Sao Paulo (ACSP).

No geral (comércio de rua, de shoppings, revendas de automóveis, cadeias de lojas de eletrodomésticos), o comércio teve um desempenho razoável neste Natal, segundo o presidente da ACSP, Alencar Burti. "Ainda nao temos números definitivos sobre todos os setores, mas tudo indica que deve ter havido um aumento médio de 1% no faturamento." Parece pouco, mas Burti lembra dos dois anos de crise econômica e das previsoes catastróficas para a economia feitas no início do ano. "Desse ponto de vista, saímos de um filme de terror para um musical", afirmou. Ele salientou o desempenho de alguns setores, como de telefones celulares, que venderam como nunca, e de CDs. Outros foram mal, como o de carros e o de eletromésticos com valor acima de 500 reais.

Para janeiro, Burti nao espera nada de espetacular, mas também nao prevê nenhum desastre, como em anos anteriores. De acordo com ele, talvez as vendas de carros se recuperem, por exemplo, trazendo maior equilíbrio entre os vários ramos do comércio, que, este ano, tiveram resultados muito diferentes.

Outra característica de 1999 foi o aumento em 15% nos pagamentos com cartao de crédito em dezembro. "Os cartoes ofereceram facilidades ao consumidor, como parcelamento em três vezes sem juros", explicou Burti, que também lembrou do crescimento do número de cartoes de crédito no mercado. O pagamento com cheques caiu 9%.




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