Era uma vez uma família de coelhos que vivia em uma colina. Depois de longo dia de trabalho recolhendo alimentos e se preparando para o inverno que se aproximava, Mamãe Pompom, Papai Penugem e os filhotes Purpurina, Cambalhota e Fuligem estavam felizes pela colheita.

De repente, o chão treme, o céu escurece e uma criatura de tamanho inimaginável surge. A figura come boa parte da comida dos animais, sem nem mesmo pedir por favor. Os coelhos filhotes ficam um tanto desconfiados, mas os pais entendem que esse gigante pode ter vindo de muito longe e estivesse morrendo de fome. Assim começa a fábula contada no livro 'A Família Coelho e o Gigante' (Editora Autêntica, 32 páginas, R$ 34, em média), do autor finlandês Esko-Pekka Tiitinen e com delicadas e coloridas ilustrações de Nikolai Tiitien.

Apesar de bem recebido pelos moradores do local, o gigante se mostra autoritário. “Queridos amigos, já que eu sou o maior, serei o rei deste país”, diz o personagem. Ele arranca todas as árvores para fazer um castelo e construir cercas, colocando limites nas regiões e deixando todos fora. A Família Coelho não consegue entender as atitudes do gigante. 

A fábula tenta ensinar de forma simples e sensível que jamais devemos nos considerar mais importantes ou mais inteligentes que ninguém. Não se deve ser arrogante e menosprezar as outras pessoas, independentemente do tamanho ou da força que elas tenham. No fim, não há quem possa se dar bem sozinho, seja um coelho ou um gigante. Todos precisamos de ajuda e podemos aprender um com o outro.