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Dúvida que paira
Por Beto Silva
25/02/2016 | 07:00
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O ex-vereador e ex-secretário de Esportes de São Caetano Gilberto Costa (PEN) tem tido dificuldade em manter o grupo em sua órbita, principalmente os pré-candidatos à Câmara. Eram 100, hoje são 30, diz um integrante da legenda. A saída de Milene Deranian da presidência do PEN Mulher, por exemplo, ainda não foi digerida totalmente no âmbito interno da sigla. Há desconfiança de que ele deixe o projeto de chapa ao Palácio da Cerâmica, como ocorreu em outras oportunidades, para tentar voltar ao Legislativo. Caso isso aconteça, a disputa interna ficará desproporcional, com Gilberto favoritíssimo a ser eleito e tirar uma vaga de alguém que esteja na disputa igualitariamente com colegas da legenda. Outro fator que tem atrapalhado é a discussão do PT em se aproximar dele. Gilberto, por sua vez, tem confirmado que será candidato a prefeito e que não terá parceria com os petistas, que são altamente rejeitados na cidade. O discurso do ex-parlamentar tem conseguido manter alguns fiéis seguidores ao seu lado. Esses, esperam valorização. A pergunta é: até quando? Gilberto não tem muito a oferecer. Está sem mandato. E o patrocínio para campanha está difícil neste momento de crise econômica. Ele tem percorrido a cidade com pesquisa eleitoral do partido debaixo do braço, na qual aparece em segundo lugar nas intenções de voto. No levantamento do DGABC Pesquisas, é o terceiro, atrás do ex-chefe do Executivo José Auricchio Júnior (PSDB) e do atual comandante do Palácio da Cerâmica, Paulo Pinheiro (PMDB). Até 15 de agosto as candidaturas a prefeito e a vereador têm de ser registradas. Será que a dúvida permanecerá até lá? Até os adversários estão curiosos para saber e ansiosos por definição.

Bastidores

Momento errado

Na segunda-feira, em evento de posse de Dimas Ramalho como presidente do TCE (Tribunal de Contas do Estado), o deputado estadual Atila Jacomussi (PCdoB) foi um dos destaques. Mas não foi nada positivo. O comunista esteve ao lado de tucanos e socialistas, já que não descarta ingressar no PSDB e PSB para disputar a Prefeitura de Mauá em outubro por outra sigla. Mas esteve longe do atual chefe do Executivo, Donisete Braga (PT). Durante o discurso, em que prometeu aumentar a transparência e a eficiência do órgão fiscalizador, Ramalho citou a rivalidade entre os políticos. Para ele, quem perde a eleição tem de entender. A derrota faz parte do jogo. No meio da fala, Atila gritou: “Tem de falar isso para ele”, apontando para Donisete. A atitude foi reprovada por quem acompanhava a cerimônia. Primeiro pelo destempero. E, segundo, porque não era nada direcionado a ele.

Desgarrou?
O G-9, grupo de nove vereadores de São Bernardo que se intitulam independentes, tem se mostrado unido na discussão do Plano Municipal de Educação. O prefeito Luiz Marinho (PT) vetou várias sugestões aprovadas pelos parlamentares. Mas essas negativas ainda não foram para votação em plenário. A principal delas não permite discussão de ideologia de gênero nas escolas. O petista tem convidado o grupo para reuniões para debater o assunto, mas tem sido ignorado. O problema, segundo integrantes do G-9, tem sido Gilberto França (PMDB), que estaria se encontrando individualmente com o prefeito, sem prestar esclarecimentos aos colegas.

Mudança de planos
Presidente do PTN de Santo André, Reginaldo Rodrigo de Oliveira (PTN) é acusado por grupo de pessoas de fraude no Programa Minha Casa, Minha Vida. Ele segue sem se pronunciar sobre o caso. Analisa o caso juridicamente. Mas uma coisa é certa: a intenção de ser candidato ao Paço dará lugar à tentativa de conquistar cadeira na Câmara. Com isso, o partido tentará se aproximar do projeto de reeleição de Carlos Grana (PT) ao Executivo.

Despreocupado
O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), tem dito que não se preocupa com a possível volta de José de Filippi Júnior (PT) ao cenário eleitoral, mesmo estando atrás nas pesquisas eleitorais quando o petista é colocado como candidato ao Parque do Paço. O verde está confiante na reeleição. E garante que o principal debate com o ex-prefeito será o suposto envolvimento dele na Operação Lava Jato, já que Filippi foi tesoureiro das campanhas presidenciais petistas (Lula e Dilma) em 2006 e 2010. Ainda assim, um aviso: é melhor se preocupar, sim.  




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