Mesmo assim, o RBA deixou em aberto a possibilidade de realizar novos cortes de juros ainda este ano, caso a desaceleração da economia chinesa afete a Austrália de maneira mais acentuada.

No ano passado, os preços dos imóveis subiram fortemente no país, o que levou o órgão regulador de bancos a fazer um alerta em dezembro para coibir empréstimos hipotecários. "O banco está trabalhando com outros reguladores para avaliar e conter os riscos que podem surgir a partir do mercado imobiliário", disse Glenn Stevens, presidente do RBA.

Por outro lado, os indicadores macroeconômicos preocupam a autoridade monetária. A inflação anualizada desacelerou para 1,7% no quarto trimestre do ano passado, abaixo da meta do banco central, entre 2,0% e 3,0%, e o desemprego subiu para 6,4% em janeiro, de 6,1% em dezembro.

Amanhã, a Austrália divulga o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre. O país não enfrenta uma recessão há 23 anos e foi um dos poucos que saiu ileso da crise financeira de 2008, graças ao "boom" de industrialização vivido à pela China, seu maior parceiro comercial e o maior importador do minério de ferro australiano. No entanto, a desaceleração chinesa e a queda nos preços das commodities colocaram o país em situação de fragilidade. Fonte: Dow Jones Newswires.