As 16 pessoas presas na Arábia Saudita quando se preparavam para cometer atos terroristas no país são sauditas e pertencem à rede al-Qaeda, afirmou nesta terça-feira o ministro do Interior, Nayef ben Abdel Aziz. "Não teremos descanso até estarmos totalmente seguros de que o país está livre destas pessoas", disse o príncipe Nayef ao jornal Asharq Al Awsat.

O Ministério do Interior anunciou em um comunicado nesta segunda-feira que "as forças de segurança frustraram operações terroristas que estavam sendo preparadas contra instalações vitais e destruíram várias células terroristas".

As forças de segurança encontraram esconderijos de armas subterrâneos que continham mais de "20 toneladas de produtos químicos utilizados na fabricação de explosivos (...), 524 detonadores, 18 mísseis antitanques RPG, 5 lança-mísseis, metralhadoras e munições". As apreensões aconteceram na região de Riad, Al Qassim (centro) e Al Charkiya (Leste).

Em suas declarações ao jornal Al Riad, o príncipe Nayef informou que os suspeitos "são jovens sauditas" cujas idades oscilam entre os 17 e 30 anos. O embaixador saudita nos Estados Unidos, Bandar ben Sultan, avaliou em um comunicado publicado em Washington que "estas prisões são um duro golpe contra a rede terrorista Al Qaeda".

O príncipe Bandar disse que as prisões servirão como "advertência a todos os que tentam ameaçar a segurança dos cidadãos e residentes do reino saudita".

Desde maio de 2003, os serviços de segurança sauditas prenderam 144 pessoas supostamente ligadas ao terrorismo, sem contar outros 300 terroristas presos depois dos violentos atentados do dia 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.