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Três são mortos ao tentar seqüestrar bancário
Por Mário César de Mauro
Do Diário do Grande ABC
10/09/2002 | 00:15
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  Policiais militares do 10º Batalhão frustraram na noite desta segunda-feira o seqüestro do gerente de uma agência bancária da região J.S., 50 anos, na rua Coimbra, em frente ao muro do cemitério de Vila Pires, em Santo André. Três homens armados com uma pistola, um revólver e um fuzil importado calibre 5.56 mm invadiram a residência do gerente, mas resolveram abortar a ação depois que diversas viaturas chegaram no local. Eles mantiveram como reféns por cerca de 15 minutos J. e seus dois enteados, o escriturário J.R.C, 23, e o estudante M.V.C., 16.

Os policiais foram recebidos a tiros pelo trio armado. Pelo menos dois disparos foram dados em direção à primeira viatura a chegar, a Blazer de prefixo 10483 da Força-Tática. Um dos tiros acertou a porta traseira direita, outro a lataria e um terceiro estourou o vidro da janela.

O soldado Djalma de Souza, sentado no banco traseiro, foi ferido de raspão no rosto. “Um deles já estava fora da casa do outro lado da rua, próximo ao muro do cemitério, e nos surpreendeu. Ele atirou na viatura. Os outros dois saíram, houve mais tiros e rajadas, e voltaram para dentro da casa”, disse o sargento Gilberto Aparecido. “Um casal de senhores que passava ficou no meio do tiroteio e tivemos de tirá-los dali”, disse o soldado Celso Santana, acompanhado do cabo Douglas Canheti.

Os criminosos pularam muros de casas vizinhas, o tiroteio seguiu para a avenida Dom Pedro I, também com policiais militares de outras equipes. No final, Willian Cavalcante da Silva, 20 anos, Paulo Guabiraba da Silva, 31, e o terceiro criminoso, não identificado até as 23h30, morreram no Centro Hospitalar de Santo André.

Os três seqüestradores chegaram à residência do gerente na Strada prata placa CRP-7272 de São Paulo, por volta das 20h. Abordaram o bancário no portão da residência, na rua Coimbra. J. havia acabado de chegar em seu Santana azul. “Disseram ser da polícia e que precisavam falar com meu enteado. Chamaram-no pelo nome”, disse o gerente. Nesse momento, os ladrões guardavam o fuzil dentro de uma capa de guitarra.

O padrasto chamou pelo enteado no portão. O escriturário percebeu que poderia se tratar de um assalto. “Já saí e pedi para meu irmão (M.V.C) ligar para a polícia”, disse J.R.C.. M. ligou 190 e completou a ligação antes do trio invadir a residência. A polícia já estava avisada. “Nos colocaram na sala e não esclareceram o que queriam. Com a chegada das viaturas, eles se apavoraram. Nos trancamos no banheiro e só ouvimos os tiros”, disse o gerente.

Inicialmente, a polícia tratou o assunto como um simples roubo à residência. No entanto, o armamento usado e a profissão da vítima evidenciam que o trio pretendia manter a família em cativeiro até a manhã desta terça, para obrigar J. retirar dinheiro da agência onde trabalha.




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