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Guarda de Diadema entra em greve nesta segunda-feira
Luciano Cavenagui
Do Diário do Grande ABC
01/10/2007 | 07:15
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Duzentos e quinze integrantes da GCM (Guarda Civil Municipal) de Diadema prometeram cruzar os braços nesta segunda-feira, primeiro dia de greve da categoria, a segunda realizada neste ano.

Os trabalhadores reivindicam a revisão e o cancelamento de punições a 45 guardas que se envolveram na primeira paralisação, realizada entre abril e maio, motivada por reajuste salarial de todos os funcionários municipais.

Na sexta-feira, segundo a Prefeitura, a secretária de Defesa Social e comandante da GCM, Regina Miki, reuniu-se com uma comissão de guardas.

No encontro, os trabalhadores teriam solicitado a suspensão do prazo de dez dias para a apresentação dos recursos referentes aos processos de sindicância envolvendo os 45 guardas.

De acordo com a administração, Regina oficializou o pedido e o encaminhou à Secretaria de Governo.

Desta forma, informou, a Prefeitura suspenderá por tempo indeterminado o prazo para apresentação dos recursos, propiciando a revisão dos casos.

Sindicato - O Sindema (Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema) diz não ter conhecimento do encontro.

“Essa reunião não teve nenhum representante do sindicato. Não fomos convidados. Portanto, a greve está mantida até outra assembléia decidir o contrário”, afirmou neste domingo a presidente do Sindema, Kátia Vassoler.

Nesta segunda-feira, às 17h, haverá assembléia da categoria para avaliar os resultados do primeiro dia de paralisação.

Protesto - A presidente do sindicato prevê, para a próxima quinta-feira, uma greve unificando todos os funcionários municipais.

“Estamos avaliando esse tipo de protesto e fazendo a programação. Todas as categorias do município devem parar em apoio aos guardas municipais”, afirmou Kátia.

Após a primeira paralisação dos GCMs, que durou 17 dias, os trabalhadores reclamaram de represálias feitas pelo comando após voltarem ao trabalho.

Entre as retaliações alegadas pelos guardas, estão a troca de turno constante e as mudanças dos postos de trabalho.

Cronologia

28/9 - Prefeitura anuncia revisão da punição em reunião com comissão de guardas. Sindicato da categoria diz que não participou do encontro e ratifica a greve para esta segunda-feira.

25/9 - Os guardas decidem entrar em greve para que a Prefeitura reveja a exoneração de sete guardas e a suspensão de outros 38, de 15 a 30 dias. Segundo a administração, os trabalhadores tiveram conduta inadequada durante a paralisação em abril.

12/5 - A Prefeitura forma uma Comissão Processante para apurar a conduta de 45 guardas que protestaram contra a troca de turnos. Os trabalhadores acusam a secretária de Defesa Social, Regina Miki, de retaliação.

5/5 - Município fica nove horas sem os serviços da GCM. Trinta e nove guardas se aquartelam na sede da corporação para protestar contra supostas retaliações da Prefeitura por causa do movimento grevista.

18/4 - Oitenta e cinco por cento dos servidores públicos da Prefeitura cruzam os braços durante o primeiro dia de greve da categoria por reajuste salarial. Durante a paralisação, apenas 10% do efetivo da Guarda Municipal trabalhou.



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