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Ex-diretor do DTI de São Caetano recusa convite para ir à Câmara

Comissão especial mista promete apresentar relatório sobre o setor ao Ministério Público

Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
16/05/2013 | 07:00
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O ex-diretor do DTI (Departamento de Tecnologia da Informação) de São Caetano Elinton Piratello recusou o convite para explicar no plenário da Câmara contratos "nebulosos". O comparecimento foi pedido pela comissão especial mista entre Executivo e Legislativo. A justificativa da ausência do ex-servidor foi incompatibilidade de agenda.

A intenção do grupo era forçar o convite em até três oportunidades, porém, não vão insistir na questão. Em compensação, formalizará denúncia com base em um relatório sobre a conduta no setor ao MP (Ministério Público) até terça-feira.

"Verificamos que houve pagamentos em duplicatas, ou seja, duas vezes pelo mesmo serviço. Por isso, nós encaminharíamos o relatório ao MP de qualquer jeito, mas queríamos dar espaço para ele (Piratello) se defender e evitar conotação de política revanchista. Ele disse que era para nós encaminharmos todas as questões por escrito. É o que vamos fazer, só que para o MP", comentou o integrante da comissão vereador Eder Xavier (PCdoB).

Apesar da intenção, o comunista afirmou que o grupo preferiu manter os erros apontados no relatório em sigilo até que a denúncia seja formalizada. Até agora, a comissão passou apenas informações de alguns contratos considerados suspeitos, como o da GIT, de R$ 15 milhões, e da Walldigits, no valor de R$ 8 milhões. O vínculo com a Uol Dive Target, que é responsável por todo sistema de informação do Paço, também é questionado.

O grupo afrouxou o discurso crítico em relação ao ex-diretor do DTI na gestão do ex-prefeito e hoje secretário paulista de Esporte, Lazer e Juventude, José Auricchio Júnior (PTB), após movimentação de vereadores petebistas. Auricchio também repudiou a convocação e a classificou de "perseguição política".

De acordo com Eder, o próximo passo da comissão será a relação da gestão petebista com a empreiteira Emparsanco. "Vamos verificar todos os contratos com a construtora. São entre 23 e 24. Teremos olhos, especialmente, para aqueles que envolveram recapeamentos de rua com todo tipo de problema", disse o comunista, ao avaliar que o Palácio da Cerâmica desembolsou R$ 38 milhões somente com serviços prestados pela empresa.




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