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Comerciantes querem ter base da polícia no largo do Serraria

Prefeitura diz não ter pedido formal e Polícia Militar aponta outras táticas

Rafael Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
13/12/2011 | 07:00
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O presidente do Conselho Comunitário de Segurança da região Sul de Diadema, Sérgio Murilo, e os comerciantes do Largo da Serraria pedem, mas a sonhada construção de base comunitária da Polícia Militar no local está longe de acontecer.

Preocupados com o grande número de assaltos e roubos a clientes e lojas, os comerciantes lutam há mais de 15 anos por base no local. "Queremos mais segurança", disse o corretor Nartilde de Alcântara, 69 anos.
Por conta própria, a Conseg mandou fazer o orçamento de um prédio de 60 metros quadrados, blindado. Os custos de até R$ 200 mil seriam divididos entre os comerciantes. Mas o projeto parou na Prefeitura, que não quer ceder o espaço no largo. A Polícia Militar também não dá sinais de colaboração.

"A Prefeitura não tem interesse em fazer por questões políticas", disse Murilo. A administração, por sua vez, informa que não tem registro do pedido formal dos comerciantes para a construção da base. A informação é rebatida. Os primeiros abaixo-assinados começaram em 1996, e o líder atual do Conseg e seus antecessores garantem que mantêm contato com vereadores e a própria Polícia Militar. "Tanto que esse assunto era dado como certo há alguns anos", disse Alcântara, um dos primeiros moradores do bairro.

POLICIAMENTO

Segundo maior centro comercial de Diadema, perdendo apenas para a região central, Serraria conta com seis agências bancárias, lojas de grande porte e cerca de 50 mil moradores. Segurança, no entanto, nunca foi uma realidade da vizinhança.

"Aqui sempre foi muito complicado. Nasci aqui e desde que me conheço por gente tem crime", apontou o veterinário Walter Coutinho, 48. A solução, para ele e outros, é ter a base.

Segundo o comandante da Polícia Militar em Diadema Djalma de Lima Santos, construir base comunitária exige caminho longo, que passa principalmente pela aprovação da Secretaria de Segurança Pública. Acontece que a Pasta prefere adotar policiamento "dinâmico, com rondas na rua", e não estático, com base fixa. "Assim atende um número maior de pessoas", completou.

Os comerciantes relatam que a base policial móvel não tem dias fixos para aparecer e o horário em que permanecem no largo é insuficente. "Todo o planejamento é feito de acordo com as peculiaridades de cada regiçao", disse comandante Djalma. E, segundo ele, os índices da criminalidade no Serraria seguem na mesma proporção que os de Diadema. "Área de comércio sempre tem um número maior de ocorrências."

Enquanto a base não vem, os comerciantes se limitam a pedir o básico, como reforçar a iluminação do largo e ligar as câmeras de segurança instaladas. Até lá, a solução vai ser fechar as portas mais cedo. "Até tentamos contratar um segurança próprio, mas não deu muito certo", disse José da Silva, 56, dono de um açougue.




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