Cultura & Lazer Titulo A Favorita
Aniversário no campo
Por Ana Paula Lima
Da TV Press
17/05/2008 | 07:02
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Mariana Ximenes está mais blasé que nunca. Na pele de Lara, a protagonista de A Favorita, próxima trama das nove da Globo, a atriz desfilava placidamente do alto de saltos pontudos fincados no gramado do Sítio Santo Agostinho, em Vargem Pequena, bairro próximo ao Projac, no Rio.

Na gravação da festa de aniversário de sua personagem, Mariana, de madeixas curtíssimas, era o centro das atenções. Sorria calmamente para a profusão de figurantes que se amontoava. Inquietos, sentados ou em pé, eles quase levaram a produção e o diretor Ricardo Waddington ao desespero. Afinal, a figuração tinha de ser precisa para reproduzir com fidelidade o clima de uma festa no campo na comemoração dos 21 anos de Lara, que vai ao ar nos primeiros capítulos da trama de João Emanuel Carneiro, cuja estréia está marcada para 2 de junho.

"Vivo uma menina simples, pé no chão, que não gosta da ostentação dessa festa milionária que a mãe organizou. Também sou assim. Não me incomodo com o cansaço de gravações longas como essa. Sou pau-para-toda-obra", definia Mariana num longo justíssimo, de frente para o telão onde eram projetadas imagens de Lara.

RIVALIDADE
Durante as gravações, Cláudia Raia estava possuída pela exuberante perua Donatella. Ela vive a mãe de criação de Lara, que é filha biológica de Flora, interpretada por Patrícia Pillar. Esta vai disputar as atenções da filha, que foi criada por Donatella quando foi presa, acusada de ter matado o amante Marcelo, marido de Donatella.

Com isso, Donatella cria Lara com seu marido, o Dodi, vilão feito por Murilo Benício. Ricos e muito bem-sucedidos, todos vivem num belo rancho no interior de São Paulo, em Triunfo, onde se passa a história. "Donatella vive coberta de jóias, anda com uma fortuna pendurada no pescoço", divertia-se Cláudia Raia num decotado longo verde.

CONTRATEMPOS
Durante uma cena em que contracenava com Carmo Dalla Vecchia, no papel do jornalista Zé Bob, que cobria o evento, Cláudia e Carmo tiveram de repetir incessantemente a tomada em que o vestido de Donatella engancha no cinto de Zé e acaba rasgando. Tudo ao som de uma orquestra de 17 músicos que tocavam a canção Can't Take My Eyes of You, de Bob Crewe e Bob Gaudio. Tudo parecia minuciosamente calculado, desde as dezenas de arranjos de flores até os impecáveis figurinos dos figurantes.

No entanto, uma forte rajada de vento com uma chuva fina causou contratempos não esperados pelo diretor Ricardo Waddington. A ventania insistia em despentear, por diversas vezes, o cabelo de Cláudia, que estava preso. As cabeleireiras, de prontidão, se acotovelavam para socorrer a atriz "Voltem lá porque já desarrumou de novo", esbravejava o diretor.

Encerrada essa etapa, deu-se início à gravação da seqüência em que a personagem Donatella fazia uma homenagem à ‘filha adotiva' pelos seus 21 anos. A cena contava ainda com a participação dos atores Mauro Mendonça, Glória Menezes, Murilo Benício e Thiago Rodrigues. Enquanto isso, um telão exibia imagens de Donatella e Lara. "A Lara é uma personagem simples, com figurino básico. Vai ser uma moleca", define Mariana.

Comandar os 300 figurantes que ocupavam o lugar deu muito trabalho à equipe de produção. Sentados ou caminhando entre as mesas, era importante que eles passassem o clima real de uma festa campestre. "Andem mais devagar. Vocês não estão na Avenida Paulista ou em Copacabana. Isso aqui é uma festa no campo!", orientava Waddington, em meio ao buffet recheado de iguarias que enchiam os olhos dos figurantes e do elenco.

Mas o vendaval começou a preocupar Ricardo, que teve de suspender as cenas "Não fico surpreso com chuva. Mesmo assim, talvez a gente consiga fechar essas cenas em cinco dias, que é a nossa previsão", afirmava Waddington, acrescentando que gravações como aquela dão mais trabalho à equipe de produção do que à direção.

Quem teve de ir para casa mais cedo por conta do mau tempo foi Taís Araújo, intérprete da artista plástica Alícia, uma das convidadas do evento que nem chegou a gravar no dia. Para compor o papel, ela colocou um aplique e perdeu peso. "Foi para caber nas roupas justas da Alícia", justifica, usando um roupão para esconder o vestido provocante de sua personagem. Empolgada com o novo trabalho, a atriz estava animada por estar em mais uma novela de João Emanuel. "Desde Da Cor do Pecado, há seis anos, faço novelas do João", derrete-se, sem ligar para a correria do final da gravação.




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