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Para Meirelles, País não deve temer capital especulativo
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06/05/2008 | 07:04
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O Brasil não precisa temer uma torrente de capital especulativo depois de ser promovido a grau de investimento pela agência de classificação de risco Standard & Poor's, disse o presidente do Banco Central,Henrique Meirelles, ontem, na Basiléia (Suíça), após a reunião de autoridades monetárias do BIS (Banco de Compensações Internacionais).

Para Meirelles, o ingresso de capital especulativo (smart money) tende a se reduzir e deve aumentar a presença de fundos de investimento de longo prazo (real money) após a reclassificação da nota de crédito do Brasil. Mas o incremento acontecerá de forma paulatina. "Alguns fundos têm autorização para investir a partir do grau de investimento de uma agência. Outros precisam aguardar a mesma classificação por outra agência", explicou.

Além disso, ainda segundo Meirelles, o Brasil já experimentava o crescimento progressivo dos investimentos de longo prazo, uma vez que o mercado antecipava a tendência de promoção do país.

No domingo, no primeiro dia da reunião do BIS, presidentes de bancos centrais do México, da Argentina e da Turquia já haviam feito a mesma previsão. "O que está acontecendo com o Brasil aconteceu com o México. Haverá maior demanda pelos papéis da dívida", disse Guillermo Ortiz Martínez, presidente do BC mexicano, país que obteve sua primeira reclassificação em 2000.

Meirelles não quis comentar rumores de possíveis medidas que o Ministério da Fazenda possa adotar para conter o ingresso de capital especulativo no mercado brasileiro.




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