Os vereadores de Ribeirão Pires já estão no ritmo de férias. O Orçamento do município para o ano que vem, estimado em R$ 211 milhões, foi aprovado ontem por unanimidade pelos parlamentares. Com isso, a Casa cumpre a exigência legal e está liberada para entrar em recesso. Foi a última sessão ordinária de 2011.

Durante a votação da peça orçamentária, o vereador Saulo Benevides (PMDB) pediu atenção para o valor destinado à Saúde - cerca de R$ 59 milhões. "Mais uma vez a Casa está confiando nos técnicos do governo. É preciso ter responsabilidade ao investir esse dinheiro, pois estamos falando da principal reclamação dos munícipes", ponderou.

A Prefeitura destina anualmente cerca de R$ 24 milhões para a OSSPUB, uma organização social de Saúde, para gerenciar os equipamentos do setor. Recentemente, os serviços foram comprometidos por conta de problemas na presidência da entidade.

O comandante da Câmara, Gerson Constantino (PSD), defendeu o governo sobre o valor do aporte destinado para a Secretaria de Saúde. "A aplicação da verba é suficiente para que, no mínimo, os problemas sejam resolvidos."

O líder do governo no Legislativo, Antônio Muraki (PTB), foi outro que argumentou a favor do Executivo e da gestão do secretário Jorge Mitidiero. "O prefeito (Clóvis Volpi-PV) tem dado prioridade à construção do complexo hospitalar. Há pequeno atraso por conta dos repasses estaduais e federais, mas a expectativa é que até o primeiro trimestre do ano que vem a primeira parte seja inaugurada."

O Orçamento não recebeu emendas dos parlamentares. Muraki ressaltou que as mudanças na peça não serão necessárias, por conta do índice de remanejamento. "O Executivo só tem direito de mexer em 25%. Os outros 75% precisam passar pela Câmara, ou seja, sabemos para onde o dinheiro vai", explicou.

Apesar da liberação para o recesso, os vereadores devem retornar ao plenário na semana que vem para sessão extraordinária. A pauta será autorização para aplicação dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação. A propositura está no setor jurídico da Prefeitura e deve ser protocolada na Câmara nos próximos dias.