Setecidades Titulo Verão
Limpeza de piscinões
vai custar R$ 3,8 milhões

Empresa contratada terá seis meses para executar o
serviço em toda a Grande São Paulo, segundo Daee

Por Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
03/01/2014 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


O governo do Estado gastará R$ 3,8 milhões com a limpeza de 25 piscinões em sete municípios da Região Metropolitana de São Paulo, incluindo os do Grande ABC (19). O resultado do pregão para a contratação do serviço foi anunciado pelo Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica) no Diário Oficial do Estado.

A empresa responsável pela manutenção e limpeza dos reservatórios será a DP Barros Pavimentação e Construção, que terá prazo de seis meses para a finalização dos trabalhos. As atividades devem ser iniciadas nas próximas semanas, dependendo apenas de trâmites burocráticos para assinatura de contrato e ordem de serviço.

Os 25 piscinões que passarão por manutenção estão localizados em Santo André, São Bernardo, São Caetano, Mauá, Diadema, Taboão da Serra, Embu das Artes e Osasco. Os reservatórios da Capital não estão incluídos no contrato, pois a prefeitura paulistana já executa esse tipo de atividade nos quatro reservatórios estaduais da cidade.

A contratação emergencial por R$ 3,8 milhões foi a solução encontrada pelo Daee para garantir a manutenção das áreas destinadas ao escoamento das águas pluviais enquanto o Estado não firmar PPP (Parceria Público-Privada) para gestão de 38 piscinões na Grande São Paulo e construção de outros oito. Ainda não há prazo para que o modelo seja implantado, mas a previsão é de que o contrato seja de aproximadamente R$ 932 milhões. A empresa que vencer o certame poderá explorar os espaços por 20 anos e terá remuneração com base na qualidade do serviço prestado.

Entre os piscinões que serão construídos está o do Jaboticabal, na divisa entre São Bernardo, São Caetano e São Paulo. Atualmente, prefeitura da Capital e Estado discutem o valor das desapropriações no terreno. Em setembro, o prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou que o Executivo paulistano não tem recursos para bancar a remoção das famílias e cobrou do governo estadual ajuda para diminuir o impacto financeiro. O projeto é para que o local tenha capacidade para armazenar 900 mil metros cúbicos de água.

Outro reservatório previsto para o Grande ABC é o Miranda d’Aviz, em Mauá. A capacidade estimada é de 100 mil metros cúbicos e o piscinão irá ajudar a combater as enchentes na região do Jardim Zaíra.

Reservatório em São Bernardo tem até sofá jogado na água

Enquanto a empresa contratada pelo Daee para limpar 25 piscinões da Grande São Paulo não inicia os serviços, os reservatórios da região apresentam mau estado de conservação. O tanque localizado na Rua dos Vianas, em São Bernardo, tem mato alto, cercas rompidas e grande quantidade de lixo jogado. Até mesmo um sofá foi abandonado no espaço. O portão traseiro está aberto e a área é invadida por usuários de drogas.

Vizinhos do piscinão relatam os transtornos provocados pela sujeira. “Tem muitos ratos e insetos no geral. No verão, então, fica insuportável a quantidade de pernilongos”, reclama o metalúrgico Antônio Gonçalves dos Santos, 44 anos. A dona de casa Vanda Oliveira, 60, tem medo de que o reservatório não seja limpo a tempo de evitar enchentes. “Meu marido é acamado. Se alagar a rua, não sei como vou fazer para tirá-lo daqui.”
 




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