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Escola esquece baquetas em S.Caetano
Juliana Ravelli
Matheus Adami
15/02/2010 | 07:00
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Baquetas dos integrantes da bateria esquecidas e a chegada atrasada de um músico que toca cavaquinho atrapalharam o início do desfile das escolas de São Caetano, na noite de sexta-feira. A Ébano, que deveria abrir a festa às 20h, simplesmente não pôde entrar na passarela montada na Avenida Guido Aliberti. "Não sei nem te explicar, não tenho palavras. O presidente esqueceu de trazer as baquetas", disse o diretor de barracão da agremiação, Charles de Souza. A escola acabou desclassificada para desespero dos foliões. Muitos deles, com os olhos marejados, largaram a fantasia na avenida e foram embora.

Com o imprevisto, às 21h45, o desfile foi aberto pela União da Ilha da Prosperidade, com o enredo Do Lúdico ao Lúcido, que falava sobre as diversões artísticas e esportivas do brasileiro. "Foi no susto, mas a gente está no horário. Então, não teve problema", afirmou a presidente Cleusa Maria Araújo Martins. No entanto, o som do cavaquinho apareceu apenas 20 minutos depois que a escola entrou na passarela, quando o responsável pelo instrumento chegou.

Depois disso, o desfile correu sem problemas. Segundo a Polícia Militar, dez mil pessoas passaram pelo evento.

CRIANÇAS - Quem deu show na avenida durante as apresentações foram as crianças. Elas estavam presentes na comissão de frente, carros-alegóricos, como casais de mestre-sala e porta-bandeira e até mesmo no coração das agremiações: a bateria.

Na União da Ilha, o destaque da bateria não foi a rainha, mas sim Lucas Henrico Araújo Viana, de 1 ano e 9 meses. Neto da presidente da escola, o menino percorreu a avenida com o tamborim na mão. A irmã dele, Bárbara Araújo, 10, formou com Gabriel Previato Ferreira, 12, o casal de mestre-sala e porta bandeira.

Já na Acadêmicos de Vila Gerty, quem chamou a atenção foi Ana Beatriz Bassoneto, 3. Neta de um dos ritmistas da agremiação, ela foi a rainha-mirim da escola, com direito a faixa e tudo. Quem ficou decepcionado foi Murilo Bete Prata, 8, que iria integrar a bateria da escola, tocando ganzá, mas, com o pé quebrado, teve de se contentar em desfilar no carro alegórico.

Carnaval regionalizado poderia fortalecer agremiações

A ideia de um desfile de Carnaval regionalizado, integrando escolas de todo o Grande ABC, não é considerada viável pelo secretário de Esporte e Turismo de São Caetano, Mauro Chekin. Apesar de acreditar que as agremiações seriam fortalecidas, ele acha que seria um problema a definição do municípios que abrigaria a festa.

DIÁRIO - O senhor é favorável a um Carnaval regionalizado no Grande ABC?
CHEKIN - Não, porque isso iria criar problemas de onde seria feito. Acho complicado. Já tentamos fazer uma maratona, há uns cinco anos, e esbarramos na questão de onde seria a chegada da prova. A ideia de rodízio de carros também não funcionaria. No caso do Carnaval, aqui em São Caetano, por exemplo, a estrutura não comportaria mais seis ou sete escolas.

DIÁRIO - Isso não seria viável nem para um maior fortalecimento das escolas?
CHEKIN - Sim, poderia fortalecer as escolas. Mas acredito que a população não iria se deslocar.




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