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PM morto em Diadema teria tentado tirar chave do carro
Evandro Marco, Luciano Cavenagui, William Cardoso
02/08/2008 | 07:00
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A morte do policial militar Alexandre Sérgio de Oliveira Sobrinho, 29 anos, arrastado por quatro rapazes até ser jogado contra um muro na madrugada de quinta-feira, em Diadema, teria sido motivada por uma discussão na abordagem policial. Uma testemunha ouvida pelo Diário afirmou que, após debater com os ocupantes do veículo, a vítima se debruçou dentro do carro para tentar tirar a chave da ignição quando foi agarrada e arrastada por 600 metros.

Após ouvir o depoimento de três ocupantes do carro, que se entregaram na madrugada de ontem, a Polícia Civil isenta Oliveira Sobrinho de responsabilidade por uma possível abordagem equivocada. Ele estava na corporação há três anos. "Foi um crime perverso e cruel", diz Ivaney Cayres de Souza, delegado seccional de Diadema.

Os motoboys Deivison da Silva Lira, 19 anos, Johnny Araújo dos Santos, 20, - acusado de assaltar uma casa - e William Braga de Sá, 22, se entregaram no 1º Distrito Policial de Diadema. Rivaldo Dias Rocha, 20, detido anteontem, é o dono da empresa onde os demais trabalham.

Testemunhas contaram que no momento do crime, o parceiro da vítima, o soldado Marquione José de Moura, 33, fazia a autuação de uma moto Hornet na Rua Graciosa.

No mesmo momento, Oliveira Sobrinho abordou o Gol prata, parado no meio da rua. Os jovens disseram que o PM teve uma breve discussão e tentou tirar a chave.

O motorista Deivison teria se assustado e arrancou em disparada pela rua, no sentido do Parque Real, com Oliveira Sobrinho preso ao carro. A versão oficial dá conta de que ele teria sido agarrado por, pelos menos, dois dos ocupantes. A defesa afirma que foi o PM quem segurou o condutor pela camisa. Na Rua Odete Amaral de Oliveira, o policial teria sido jogado do veículo, se chocando contra o muro, o que provocou a morte.

O CPA-M/6 (Comando de Policiamento de Área Metropolitano 6) afirmou que os motivos da morte serão apurados por inquéritos civil e militar e sindicância interna.




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