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ONU organiza campanha contra o terrorismo
Por Das Agências
04/10/2001 | 01:12
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As Organizações das Nações Unidas começaram a organizar nesta quarta-feira sua campanha contra o terrorismo, nomeando provisoriamente o embaixador britânico, Jeremy Greenstock, para a direção do Comitê Internacional Antiterrorista.

A nomeação de Greenstock será formalizada na quinta-feira, durante a primeira reunião de trabalho do comitê, que reúne os 15 membros do Conselho de Segurança. Entre as primeiras tarefas do novo organismo estão a definição de seu mandato e a designação de assessores para áreas como finanças, política e transportes.

As decisões do comitê só serão adotadas por unanimidade, o que permitirá aos países árabes bloquearem as medidas exigidas por Israel contra organizações como o Hamas, a Jihad Islâmica ou o Hezbollah.

Dois membros do Hamas foram mortos nesta quarta por soldados israelenses durante um ataque contra a colônia judaica de Alei Sinai, na Faixa de Gaza, em uma ação que Israel qualifica de terrorismo e os países árabes chamam de "resistência" contra a ocupação.

Paralelamente, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, nomeou o diplomata argelino Lakhdar Brahimi como seu representante especial para o Afeganistão, cargo que ele já havia desempenhado entre 1997 e 1999.

Brahimi, ex-chanceler argelino e um dos funcionários da ONU mais respeitados, terá "plenos poderes para as tarefas humanitárias e políticas das Nações Unidas no Afeganistão", disse Annan.

O diplomata argelino terá a missão de "facilitar a instalação de um governo de união, plenamente representativo e multiétnico" neste país, atualmente controlado pelos talibãs.

Brahimi será assistido por Francesc Vendrell, representante pessoal de Annan. Vendrell já conversou com membros da Aliança do Norte, o grupo armado que controla uma pequena parte do Afeganistão, e com o rei afegão Mohammed Zaher Shah, exilado na Itália desde 1973.

A ONU estima que os pachtun -a maior etnia afegã- e os talibãs moderados estarão representados neste novo governo de unidade. Segundo fontes diplomáticas, a ONU terá um papel chave nas negociações para substituir os talibãs, já que Washington não quer dar a impressão de que busca impor um novo governo ao Afeganistão.




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