Economia Titulo Mercado de trabalho
Pesquisa revela estabilidade na taxa de desemprego da região em 10,3%
Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
19/12/2014 | 07:00
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 A taxa de desemprego da região apresentou estabilidade em novembro, com 10,3%, ou 146 mil pessoas sem ocupação. No 11º mês de 2013, o resultado era de 8,7%, ou seja, agora existem 24 mil desempregados a mais. “A expectativa é que a taxa anual de 2014 (que será publicada em janeiro) deverá fechar próxima aos 10,3%. De 2010 para cá, ela geralmente tem se mantido na casa dos 10%”, disse o economista do Dieese Thomaz Jensen.

 Pela ótica dos setores, 3.000 moradores perderam empregos na indústria da transformação. Por outro lado, houve compensação, com 3.000 empregados a mais no comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, e 9.000 em serviços. Os dados são da PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego) ABC, divulgada ontem pela Fundação Seade em parceria com o Dieese.

 A pesquisa é realizada com base em entrevistas na região. Portanto, espelha a condição dos moradores, que podem atuar registrados ou informalmente. É estimado que 22% deles estão contratados em companhias instaladas fora do Grande ABC. O estudo é diferente dos dados do Caged (Cadastro geral de Empregados e Desempregados), do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), que apresenta balanços das empresas instaladas no Grande ABC e apenas mensura dados sobre funcionários com carteira assinada.

 A PEA, que são os moradores com 10 anos ou mais, contratados ou em busca de emprego, aumentou em 2.000 pessoas, totalizando 1,415 millhão. Os ocupados cresceram na mesma proporção, ao passar de 1,267 milhão para 1,269 milhão. 

 A indústria da transformação atingiu 312 mil empregados, contra 315 mil em outubro e 356 mil em novembro de 2013. Porém, aumentou o grupo empregado no segmento metalmecânico, de 162 mil para 164 mil. O contingente contratado em empresas de comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas passou de 195 mil para 198 mil moradores. Nos serviços, de 666 mil para 675 mil.

 O setor privado tinha 745 mil registros em carteira, queda mensal de 13 mil, que, segundo Jensen, devem ter saído da indústria. Os informais atingiram 94 mil empregos, alta de 5.000, e os autônomos, 185 mil, com 4.000 a mais. 




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