O prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), anunciou ontem que extinguirá a Secretaria de Relações Institucionais, sob chefia interina do vereador licenciado Tiago Nogueira (PT), hoje à frente da Pasta de Cultura, após a saída de Raimundo Salles (PDT). A secretaria havia sido na reforma administrativa promovida por Grana no início do mandato.

Como secretário de Relações Institucionais, Tiago era responsável pela articulação entre o Paço e a Câmara, além de costurar o diálogo com movimentos populares. Após seu ingresso em Cultura, esse papel ficou parcialmente nas mãos do chefe de Gabinete do prefeito, Arlindo José de Lima.

“Como esse trabalho foi absorvido pelo Arlindo no Gabinete, nós achamos por bem extinguir a secretaria e repartir as ações que até então eram desenvolvidas entre eu e o Arlindo”, explicou Tiago.

Segundo o petista, a alteração não prejudicará os 22 servidores ainda alocados na Pasta de Relações Institucionais. Todos os funcionários serão remanejados e distribuídos entre os setores de Cultura e de Gabinete.

A expectativa é que a mudança gere economia de gastos com despesas das secretarias – hoje são 20 setores. “Amanhã (hoje) vou sentar com o prefeito para analisar de quanto será o impacto financeiro”, frisou Tiago, que adiantou que a extinção da Pasta ocorrerá por meio de projeto de lei, a ser enviado ao Legislativo nas próximas semanas. Já o remanejamento dos servidores deve ser feito por meio de decreto do Executivo. Se os servidores forem absorvidos por outras Pastas, a economia ficará somente no salário do secretário, fixado em R$ 13 mil.

O anúncio foi feito por Grana em entrevista concedida no Paço andreense na tarde de ontem, acompanhado de Tiago, de Arlindo e dos secretários de Orçamento e Planejamento, Alberto Alves de Souza, e de Comunicação, Ronaldo Feitosa. O petista rechaçou novas mudanças no primeiro escalão. “Por ora, mais nenhuma.”

MESA DIRETORA
Grana evitou comentar sobre as negociações em torno da eleição da presidência da Câmara para o próximo biênio (2015-2016). O petista garantiu que não interferirá no debate e demonstrou despreocupação com possível vitória de grupos não aliados.

“Eu não vou enviar nenhum projeto polêmico aos vereadores nos próximos dois anos. As propostas mais importantes do meu governo já foram aprovadas. Então, não tem por que se preocupar”, salientou.

Vários partidos têm se movimento para lançar nome à sucessão do atual dirigente da Casa, Donizeti Pereira (PV). PTB e Solidariedade já anunciaram que terão representantes na disputa.