A delegada do 3º Distrito Policial de São Caetano, Lucy Mastellini Fernandes, pretende ouvir a professora Rosileide Queiros de Oliveira, 38 anos, na segunda-feira, às 14h. O local, porém, não foi informado. No mesmo dia, às 10h, serão ouvidos os colegas de sala do estudante Davi Mota Nogueira, 10 anos, na Unidade de Saúde da Criança e do Adolescente, no Centro.

Na quinta-feira, dia 22, o estudante entrou armado na Escola Municipal de Ensino Professora Alcina Dantas Feijão, alvejou a professora e se matou.

Rosileide recebeu alta na tarde de quinta-feira, após passar uma semana internada no Hospital das Clínicas, na Capital. Ela foi submetida a duas cirurgias: uma no dia 22, para remoção da bala alojada entre o útero e o reto, e outra na quarta-feira, no joelho, que sofreu deslocamento após a queda causada pelo tiro.

Lucy também ouviu a psicóloga Ana Claudia, que conversou com um colega de Davi após a tragédia. O menino teria pedido aos pais para retornar à escola. Ali, disse à profissional que a tragédia teria sido uma brincadeira que não deu certo. A informação foi passada pela diretora da escola, Márcia Gallo, durante depoimento na segunda-feira.

"A intenção da psicóloga foi acalmá-lo. O que o menino disse foi a impressão que teve por conhecer o Davi. E não porque ele teria dito algo para o colega no dia anterior ou no dia da tragédia. Por isso, não acrescentou nada", disse a delegada. Ela acredita que, com a proximidade do fim do inquérito, vai continuar sem saber a motivação do ato. Lucy não pretende indiciar o pai por negligência. Para ela, ele não foi negligente em relação à guarda da arma usada por Davi, um revólver particular claibre 38.

DEPOIMENTOS
Já foram ouvidas diretora, orientadora educacional, coordenadora pedagógica, duas professoras, os pais de Davi e o irmão. Para Lucy, todos os depoimentos reforçaram o bom comportamento do garoto.