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Salles tem 1ª agenda com Alckmin

Governador de São Paulo subirá no palanque pedetista, mas
evita um conflito com o prefeito de Santo André, Aidan Ravin

Fábio Martins
do Diário do Grande ABC
10/07/2012 | 07:00
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Após a oficialização do apoio do tucanato estadual, o candidato à Prefeitura de Santo André pelo PDT, Raimundo Salles, teve ontem a primeira agenda com o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), exaurindo qualquer desconfiança da adesão. Em encontro no Palácio 9 de Julho, sede da Assembleia Legislativa, o cacique tucano manifestou o compromisso de apoio à chapa pedetista. "Se o PSDB participa de candidatura majoritária em Santo André, eu, como soldado da legenda, estarei engajado nessa campanha."

A dobrada encabeçada por Salles possui o presidente da executiva tucana local, Ricardo Torres, no posto de vice. Com a união, o dirigente tem conseguido viabilizar a retaguarda tucana em torno da candidatura pedetista. Partidário, Alckmin sustentou que a decisão do diretório municipal, referendada por unanimidade pela estadual, deve ser seguida pelos militantes da sigla. Entretanto, evitando ao máximo entrar em conflito com o prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB), que disputa à reeleição.

Depois da visita de Aidan ao Palácio dos Bandeirantes, na quinta-feira, quando foi assinada parceria entre a Prefeitura andreense e Estado, com pose do prefeito e Alckmin juntos, ficou dúvida sobre a entrada do governador no primeiro turno da campanha. Sem hostilizar os demais pleiteantes ao Paço de Santo André, o tucano reafirmou que subirá no palanque de Salles, em agosto, dando suporte eleitoral à coligação formada por PDT e PSDB.

O encontro de Alckmin e Salles ocorreu no desfile em comemoração a Revolução Constitucionalista de 1932. O pedetista demonstrou otimismo diante do apoio, considerando que, ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Alckmin é uma das poucas figuras, atualmente, que conseguem provocar a transferência de votos - o governador teve desempenho satisfatório na cidade, que contribuiu para a vitória no processo eleitoral de 2010. Por outro lado, segundo Salles, a aproximação é natural. "Em três ocasiões em que disputei as eleições estive ao lado do Alckmin."

 

Congresso - Antes de abrir o Congresso Nacional da CUT (Central Única dos Trabalhadores), o ministro do Trabalho, Brizola Neto, também oficializou apoio à candidatura de Salles, que presidiu a juventude nacional do PDT entre 1983-1985, época em que estreitou a relação com a família Brizola.

O ministro defendeu que Salles tem potencial para representar o legado pedetista. Todos os esforços, segundo ele, não serão medidos para eleger o correligionário na cidade com um dos maiores orçamentos de São Paulo. "Faz parte da estratégia nacional, por isso confiamos nessa candidatura com recall eleitoral", disse, concluindo que Salles conhece a história do PDT a fundo desde a fundação. "Ele vai honrar a ideologia do partido, priorizando a geração de emprego e renda."

Sem agenda - Postulante à reeleição, Aidan não saiu ontem às ruas para fazer campanha.




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