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RS sofre conseqüências do surto da febre aftosa
Por Do Diário do Grande ABC
12/10/2000 | 15:20
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Devido ao surto de febre aftosa no Rio Grande do Sul, a Rússia deixou de importar a carne da regiao, por isso, o secretário gaúcho da Agricultura, José Hoffmann, encaminhou pedido ao ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, para que sejam tomadas providências imediatas junto ao Ministério de Relaçoes Exteriores, visando um esclarecimento que permita a retomada das exportaçoes de carne suína para o país.

Até agosto tinham sido embarcadas 3 mil e 76 toneladas, mas a previsao era de que esta quantidade atingisse 15 mil toneladas até o fim do ano.

Caso nao se consiga reverter esta situaçao, quase 13 mil toneladas de carne suína deixarao de ser exportadas para a Rússia, criando graves problemas para os frigoríficos gaúchos, segundo alertou José Hoffmann.

O secretário observou que o próprio ministério autorizou agora a retomada da comercializaçao da carne suína gaúcha para outros estados brasileiros, o que significa um reconhecimento de que a situaçao no RS está sob controle.

O presidente da Associaçao de Criadores de Suínos do estado, Gilberto Moacir da Silva, estranhou a decisao da Rússia, observando que esta quarta foi realizada a primeira venda de suínos vivos para fora do estado, desde o surgimento da aftosa: foram 80 animais levados a frigoríficos de Santa Catarina.

Já a missao americana que realizou vistoria na regiao de Jóia - foco inicial da doença - encerrou sua visita ao estado e nesta sexta terá audiência, em Brasília, com o secretário de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura, Luiz Carlos de Oliveira.

A reuniao visa acelerar a retomada de negociaçoes, iniciadas ano passado, para a venda de carne bovina in natura aos Estados Unidos.

Nesta quinta teve início o processo de sorologia nos animais, em áreas próximas às regioes dos focos no estado, para coleta de sangue e averiguaçao da presença ou nao do vírus.

O secretário José Hoffmann reiterou pedido ao Ministério da Agricultura, para o fechamento da fronteira com a Argentina, a fim de assegurar a sanidade do rebanho gaúcho. Encerrados os sacrifícios sanitários, através da execuçao a tiros de 11 mil e 86 bovinos e suínos que pertenciam a 600 famílias, Hoffmann teme que o contrabando de animais volte a trazer o vírus ao estado. Ele contou que o inquérito policial que averigua a origem da doença aponta 'sérios indícios de contrabando', embora os responsáveis ainda nao tenham sido identificados.

Paralelamente, a própria Argentina, desde a semana passada, proibiu a importaçao de carne suína do Rio Grande do Sul, mas Hoffmann contou já ter obtido o compromisso do governo federal de negociar com o vizinho país o levantamento das barreiras comerciais.




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