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Brasileiros são os maiores alvos de ataques de phishing no mundo
Da Redação, com assessoria
Do 33Giga
04/03/2021 | 10:18
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Um em cada cinco brasileiros sofreu pelo menos uma tentativa de ataque de phishing em 2020. A estatística, revelada pelo novo relatório da Kaspersky, coloca o Brasil como líder mundial em golpes dessa categoria, à frente de Portugal, França, Tunísia e Guiana Francesa, que completam a lista dos cinco países com maior índice de usuários alvos de roubo de dados ao longo do ano.

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Com o início da pandemia de covid-19, os ataques de phishing se intensificaram no País. Apenas entre fevereiro e março – quando começaram as primeiras medidas locais de isolamento –, o número de ameaças contra dispositivos móveis cresceu mais de 120%. Algumas razões estimularam a maior ação dos hackers. Entre elas: o aumento do uso da internet e do acesso aos serviços digitais e mobile banking, crescimento das compras online, a adoção em larga escala do trabalho remoto, e a ansiedade por informações sobre o novo coronavírus.

Em 2020, muitos dos ataques de phishing abusaram da temática da covid-19 para roubo de informações como dados pessoais, credenciais de contas online e, principalmente, senhas bancárias. As manobras usadas pelos cibercriminosos foram desde ofertas de máscaras e álcool gel até falsas inscrições para programas de auxílios sociais, o cadastro do PIX e, mais recentemente, páginas fraudulentas de cadastro para a vacina.

“Apesar do alto índice, vale destacar uma queda importante em relação ao levantamento de 2019. Naquele ano, mais de 30% dos brasileiros haviam tentado, ao menos uma vez, abrir um link que levava a uma página de phishing, 10% a mais do que em 2020. Isso mostra que as campanhas e alertas sobre esse tipo de golpe têm deixado as pessoas mais atentas – mas não significa que não precisamos evoluir, pois as estatísticas permanecem muito ruins”, comenta Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky no Brasil.

O levantamento ainda mostra que o índice de brasileiros alvos de phishing está acima da média mundial (20% contra média global de 13%). Para o especialista da Kaspersky, essa diferença pode ser explicada pela dificuldade dos internautas em reconhecer um e-mail falso. “Precisamos aprimorar a nossa educação digital. Por exemplo, nossa recente pesquisa mostrou que cerca de 30% dos brasileiros não sabem reconhecer uma mensagem de correio eletrônico falsa. Isso nos torna vulneráveis e propensos a cair em ‘promoções imperdíveis’ e outros golpes online”, aponta.

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Para se proteger de ataques de phishing, a Kaspersky recomenda:

– Antes de clicar em um link, verifique para qual lugar o endereço do site será direcionado e assegure que seja genuíno. Observe também se o nome do link na mensagem não aponta para outro hyperlink. Em caso de mensagens por e-mail, verifique se o remetente é legítimo.

– Não clique em links contidos em e-mails, SMS, mensagens instantâneas ou postagens em mídias sociais vindos de pessoas ou organizações desconhecidas, com endereços suspeitos ou estranhos.

– Se não tiver certeza de que o site da empresa é real e seguro, não insira informações pessoais.

– Analise cuidadosamente o endereço da página antes de completar um cadastro que solicita dados confidenciais. Se o link consiste em um conjunto de caracteres sem sentido ou a URL conter erros ortográficos, não envie suas informações ou efetue pagamentos.

– Tenha uma solução de segurança comprovada com tecnologias antiphishing baseadas em comportamento. Ela permitirá a identificação até dos golpes de phishing mais recentes.




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