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O segundo plebiscito

O plebiscito em 22 de novembro de 1953; a eleição em 3 de outubro de 1954; a instalação dos novos municípios em 1º de janeiro de 1955. E o Grande ABC constitui mais duas das suas atuais sete cidades, Mauá e Ribeirão Pires. Que venham Diadema e Rio Grande da Serra...

Por Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
20/12/2020 | 07:00
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 ELEIÇÃO 20 - MAUÁ

Acontece em Mauá algo diferenciado em relação aos demais municípios do Grande ABC que surgiram por meio de plebiscitos: os autonomistas não conseguiram eleger suas lideranças ao Executivo.

Goleada do ‘sim’.

Vitória da chapa EEBB.

O encontro Fink/Walendy

261 – Para o plebiscito de Mauá estavam aptos a votar 1.440 eleitores; votaram 670, com uma abstenção de 53%. O ‘sim’, pela emancipação, conseguiu 658 votos; o ‘não’, sete, com dois votos em branco e três anulados.

262 – Para a primeira eleição, em 3 de outubro de 1954, apresentaram-se quatro chapas: Ennio Brancaglion/Élio Bernardi; Ariocy da Costa/Mario Milanesi; Egmont Fink/Tercilio Tamagnini; Cícero Campos Povoa/Liberal Polisel. Venceu a chapa EEBB (Ennio Brancaglion/Élio Bernardi). A instalação do município de Mauá ocorre em 1º de janeiro de 1955.

263 – A primeira composição da Câmara Municipal reuniu 11 vereadores, com a eleição de Jorge Paschoalik para a presidência. Entre os primeiros vereadores, o autonomista Anselmo Walendy, de quem Memória recebeu a foto histórica de hoje e com quem visitamos o presidente da Sociedade Amigos de Mauá, o engenheiro Egmont Fink, que em 1997 morava em Amparo, Interior de São Paulo.

264 – O engenheiro Egmont Fink, 82 anos em 1997, há 35 residia em Amparo à Rua 15 de Novembro, entre as duas igrejas católicas centrais da cidade. Os autonomistas Fink e Walendy não se viam desde então, o que nos fez combinar o seguinte: Walendy bateria à porta de Fink e quando este atendesse, Memória faria uma foto.

Em 1997 publicamos o relato de Egmont Fink, agora reproduzido:

265 – Santo André nunca fez nada pelo distrito de Mauá. Só trazia dificuldades. Nossos representantes na Câmara de Santo André também nunca se interessaram pelo destino de Mauá. Foi convocada, então, reunião na Sociedade Amigos de Mauá, chamando todos os interessados na formação de uma comissão que lutasse pela autonomia do distrito.

266 – Meu irmão, Alberto, também foi convidado e explicou como havia sido a mobilização de Suzano, quando do movimento pela separação do distrito de Mogi das Cruzes.

267 – Desde o início, o entusiasmo foi muito grande. Comissão constituída, coube-me a incumbência de assumir a presidência. Tive na vice-presidência da comissão Tercilio Tamagnini, que nos ajudou muito. Manoel Pedro Júnior, seus filhos, os Antico, os Perrella, os Salgueiro, os Polisel, Cícero Povoa, os Lipi e os irmãos Walendy foram também outros grandes companheiros. A comissão era integrada por umas 40 pessoas e eu, tantos anos depois, peço aos não citados que me perdoem, mas a memória já não é a mesma.

268 – O passo seguinte foi legalizar a comissão perante a Assembleia Legislativa. O deputado Cunha Bueno foi de extrema valia nesse trabalho. Foi ele quem nos apresentou ao presidente da Casa, deputado Vicente Lima, outro que nos ajudou tremendamente, ao lado de nomes como o da deputada Conceição da Costa Neves.

269 – Visitamos Ribeirão Pires. Orientamos sobre a comissão de lá, junto com o Arturzinho (Arthur Gonçalves de Souza Júnior, que depois seria o primeiro prefeito eleito da cidade). Ribeirão talvez tenha tido um trabalho mais difícil que o de Mauá para conseguir a separação de Santo André. 

270 – Fomos ao IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) tratar da questão das divisas. Sempre mostramos as vantagens e os problemas da separação. Todos foram honestamente informados de que iríamos começar como um município pobre, de receita pequena, mas muito maior do que nos era reservado por Santo André.

Diário há meio século

Domingo, 20 de dezembro de 1970 – ano 13, edição 1415

Manchete – Volkswagen não sabe quantos morreram no incêndio da ala 13

Boxe – Servílio de Oliveira, campeão continental dos pesos-moscas ao derrotar por nocaute no sétimo assalto o campeão equatoriano Angel Sanchez.

Em 20 de dezembro de...

1920 – S.A. Curtume e Fábrica de Correias de São Caetano publica edital convocando para assembleia geral dos acionistas para 27 de dezembro, na sede social, em São Caetano.

1975 – Prefeito Walter Braido inaugura o primeiro centro recreativo e esportivo de São Caetano, denominado João Morselli e localizado na Vila Prosperidade.

Corinthians Paulista está interessado no futebol de Fernandinho e Tulica, do EC Santo André, campeões paulista da Primeira Divisão.

1985 – Assembleia Legislativa aprova, por unanimidade, a criação do distrito de Capuava.

Supremo Tribunal Federal rejeita o último recurso que tentava a realização de plebiscito sobre o desmembramento do 2º Subdistrito de Utinga.

As duas decisões sepultam, no plano jurídico, a tentativa de divisão do município de Santo André.

A votação dos deputados foi comemorada num restaurante de Utinga. Em discurso, o prefeito Newton Brandão atribuiu a vitória do movimento contra a divisão da cidade aos líderes políticos do 2º Subdistrito, presentes à festa.

Hoje

Dia do Mecânico Automotivo

Santo do Dia

DOMINGOS DE SILOS (Espanha ano 1000-1073).

Monge beneditino. Restaurou o mosteiro de Santana Maria e o mosteiro de São Sebastião de Silos, em Castela




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