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Estado apresenta estudo para erguer casas no terreno do Edifício Di Thiene

Imóvel de São Caetano onde viviam 102 famílias sofreu desabamento parcial há um ano

Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
18/06/2020 | 08:55
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Celso Luiz/DGABC


Pouco mais de um ano após o desabamento parcial da laje do Edifício Di Thiene, que ficava no bairro Fundação, a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) apresentou para a Prefeitura de São Caetano estudo para construção de unidades habitacionais para atendimento das 102 famílias que lá viviam. Localizado na esquina das ruas Conde Francisco Matarazzo e Heloísa Pamplona, o imóvel era privado e foi invadido há décadas.

O desabamento, que deixou oito pessoas levemente feridas, ocorreu na madrugada do dia 8 de junho de 2019. As famílias inicialmente foram atendidas em um ginásio e, posteriormente, contempladas com o auxílio-aluguel.

Secretário executivo de Habitação do Estado e ex-secretário de Habitação de Santo André, Fernando Marangoni informou ontem, durante entrevista para balanço das ações da pasta, que a CDHU já enviou para a administração municipal estudo para construção de unidades habitacionais em duas áreas indicadas pela Prefeitura de São Caetano.
No terreno do bairro Cerâmica será possível construir cerca de 200 unidades habitacionais, o que geraria um excedente para atendimento de mais famílias, além daquelas que estão cadastradas como ex-moradoras do Di Thiene. Marangoni destacou que caberá à Prefeitura, neste caso, definir os critérios para destinação dos imóveis. Já se a escolha da administração for pelo terreno na Avenida dos Estados, próximo a outro empreendimento da CDHU, a capacidade de atendimento seria apenas para as famílias cadastradas por ocasião do desabamento do edifício, que foi demolido no fim do ano passado.

O secretário executivo destacou que, em qualquer um dos casos, os beneficiários terão que pagar pelos imóveis, que serão financiados. “Ninguém vai ganhar apartamento de graça. As pessoas vão ter que se enquadrar nas regras do financiamento e pagar pelo seu imóvel”, reforçou.

A Prefeitura foi questionada sobre qual área será escolhida, bem como quais serão os critérios para escolha de famílias para as possíveis unidades excedentes. Por nota, informou que “tem diálogo aberto com a Secretaria de Habitação do Estado, que solicitou complemento de documentos para dar continuidade à elaboração e execução do projeto”. A expectativa é a de que, após o início das obras, os imóveis sejam entregues em 24 meses. 

Obras habitacionais vão auxiliar na retomada após pandemia de Covid

Secretário executivo de Habitação no Estado, Fernando Marangoni afirmou que as obras na área de habitação vão ajudar na retomada da economia após a pandemia de Covid-19. “O governador João Doria (PSDB) pediu que todas as pastas focassem os recursos em projetos que pudessem ser executados brevemente e gerar empregos”, citou, em coletiva de balanço das ações da pasta.

No Grande ABC deve ser iniciada, ainda este ano, a construção de 1.500 unidades por meio do programa Casa Paulista, que já viabilizou, desde 2019, 1.568 imóveis em toda a região.

Segundo Marangoni, desde o início do atual governo, já foram entregues 10 mil títulos de propriedade após convênios entre as prefeituras do Grande ABC e o Estado, por meio do programa Cidade Legal, e outras 10 mil a 15 mil regularizações estão em curso. 

O programa Casa Paulista, que oferta subsídio para unidades habitacionais, já viabilizou 1.568 unidades na região. 




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