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Desta vez vou segurar a expectativa
Dérek Bittencourt
13/03/2020 | 01:27
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Todo início de temporada da Fórmula 1 eu me empolgo, me planejo para assistir às corridas, mesmo aquelas de madrugada, projetando que pode ser um ano mais disputado, com mais do que dois ou três sérios concorrentes ao título, como vem acontecendo nos últimos tempos. Porém, desta vez vou fazer diferente. Vou apostar em postura menos exaltada para me surpreender com o que pode acontecer. São muitas as perguntas que pairam no ar e que se intensificaram após os seis dias de testes em Barcelona, na pré-temporada: alguma equipe evoluiu o suficiente para desbancar a Mercedes? Algum time tem como proporcionar carro para que seus pilotos tentem destronar o hexacampeão Lewis Hamilton? E o meio do pelotão, será que ficará mais próximo do trio Mercedes-Ferrari-Red Bull?

Este cancelamento do GP da Austrália e o adiamento do GP da China (que corre o risco de nem acontecer por falta de tempo no calendário) em razão do novo coronavírus decepcionam um pouco. Mas pilotos e equipes são humanos, afinal, e a segurança e saúde deles têm de vir em primeiro lugar. Assim, a ansiedade em ver os carros de volta à pista ficarão para o dia 22, no GP do Bahrein, que, por enquanto, está confirmado com portões fechados ao público. Mas o anseio mesmo é por ver novamente um brasileiro entre os 20 titulares. Quem sabe Sergio Sette Câmara não consiga aproveitar a oportunidade como reserva de Alpha Tauri e Red Bull. As equipes já mostraram que paciência tem limite e trocam de piloto sem pudores. Que assim seja!

DRIVE TO SURVIVE
Assisti no Netflix à segunda temporada da série Drive to Survive, esta que mostrou os bastidores da temporada 2019 da Fórmula 1. Confesso que esperava mais. Ao mesmo tempo, é preciso fazer certa vista grossa às exigências que não tenho dúvida que são impostas pela FIA e pela própria organização da categoria. Por exemplo: uma das cenas mais emblemáticas do ano passado foi Sebastian Vettel trocando a placa de primeiro colocado que estava à frente do carro de Lewis Hamilton após o GP do Canadá, no qual o alemão foi punido de maneira injusta e acabou ficando em segundo. Por outro lado, muito bacana ver as histórias de superação do tailandês Alex Albon, que ganhou espaço da Red Bull, e do francês Pierre Gasly, que superou o rebaixamento à ex-Toro Rosso e a morte do amigo Anthoine Hubert, na GP2, para encerrar a temporada na segunda colocação do GP do Brasil. Senti falta das participações dos pilotos da Racing Point, da Alpha Romeu (a única aparição de Kimi Raikkonen é absolutamente sensacional, com a frase: “Isso aqui é mais um hobby para mim”) e eu estava ansioso por ver como é o brincalhão Lando Norris, da McLaren, mas seu companheiro Carlos Sainz Jr monopolizou as atenções dentro da escuderia inglesa. Assim, me diverti mesmo com o hilário Daniel Ricciardo e o boca-suja Gunther Steiner, chefe da equipe Renault. Parabenizo ainda a equipe de som, filmagem e edição (esta última pecou em alguns momentos): que belo trabalho!

TORCIDA EXTRA
A Ferroviária de Araraquara ganhou milhares de torcedores provisórios. Neste sábado, a Ferrinha, comandada pelo técnico Sérgio Soares, desafia o Novorizontino. E a quem interessa o resultado (além, é claro, dos dois times envolvidos)? Ao Santo André, equipe com a qual o treinador tem relação histórica. A torcida não é velada. Pelo contrário. Inclusive dentro do próprio Ramalhão. O executivo de futebol Edgard Montemor Filho, responsável por levar Soares de volta ao São Bernardo FC há alguns anos, disse com todas as letras que espera por uma vitória araraquarense que, combinada ao triunfo andreense, domingo, em visita ao Mirassol, confirma o time do Grande ABC nas quartas de final do Paulistão e aproxima muito da classificação para o Brasileiro da Série D de 2021.

BOM E RUIM
Caçula da região, o CAD Ribeirão Pires ficou de fora da Segundona nesta temporada por não ter conseguido arrumar o estádio a tempo, mas o Imperador estará em campo nas categorias de base. No Estadual sub-15 e sub-17 o time dividirá o Grupo 10 com Santos, Portuguesa Santista, Mauá FC, Jabaquara, Grêmio Mauaense e Água Santa. A se lamentar as ausências de Santo André e São Bernardo FC em ambas as categorias. Ouve-se justificativas de que Ramalhão e Tigre não conseguiram atender às exigências da Federação Paulista de Futebol – as quais enxergo como exageradas. Ao mesmo tempo, trabalhos foram interrompidos nos dois clubes que, consequentemente, perdem valores, bons profissionais e possibilidade de peças de qualidade para o time principal no futuro.

PRAIA
Muito bacana a iniciativa do Mauá FC em levar o grupo para dez dias de pré-temporada em Mongaguá. Apesar de ficarem longe das famílias, os atletas aproveitam a convivência para conhecerem uns aos outros, fortalecendo o ambiente e criando verdadeira conexão entre todos. Um golaço do Índio, capitaneado pelo presidente Vagner Tegi e dirigido em campo pelo inteligente Fernando dos Santos. 




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