Setecidades Titulo Terceiro certame do ano
FSA contrata empresa para organizar concurso

Seleção anterior, promovida pela instituição, teve o reitor aprovado em 1º em etapa inicial

Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
02/04/2019 | 07:00
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 A FSA (Fundação Santo André) lançou edital para concurso público organizado pelo IBCF (Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação). Serão ofertadas 38 vagas (duas para pessoas com deficiência) e três cadastros reservas, para cargos de níveis técnicos e administrativos. Diferentemente do certame anterior, promovido pela própria instituição e com prazo de apenas sete dias para inscrição, nesta seleção os candidatos terão até o dia 29 de abril para se cadastrar.

Em 23 de março, o Diário revelou que a FSA promoveu concurso para professores e o atual reitor, Francisco Milreu, fez parte da disputa e se classificou em primeiro lugar na etapa inicial. Especialista em direito empresarial, o advogado Marcelo Artuni apontou, à época, que a participação do reitor era “imoral”. Sobre o atual concurso, promovido por empresa externa, Artuni avaliou que esse é o procedimento que deveria ter sido seguido no certame anterior. “É o mais correto a se fazer.”

Questionada sobre a mudança no procedimento a FSA informou, por meio de nota, que “em função de sua recente revitalização e em meio ao processo de provimento de empregos públicos tem realizado sucessivos concursos públicos, na medida em que as demandas de ordem interna se apresentam”.

BANCA

O Diário solicitou os nomes dos integrantes da banca avaliadora do concurso que foi prestado pelo reitor, mas a FSA informou que a relação só será publicada na conclusão do certame, previsto para hoje. O edital previa que qualquer vínculo profissional, pessoal ou acadêmico do integrante com os candidatos impediria a sua participação. Na avaliação de Artuni, os nomes deveriam ter sido divulgados no decorrer do concurso, para garantir a transparência. “Divulgar depois só aumenta a desconfiança”, afirmou.

Sobre a participação de Milreu – que chegou a ser alvo de sindicância sob suspeita de não ter se submetido a concurso público para sua admissão, confessou esse fato ao Diário em 2018 e posteriormente voltou atrás, sem apresentar documentos comprobatórios – a FSA alegou que como qualquer cidadão, o reitor teria o direito de entrar na disputa. 

O Ministério Público instaurou inquérito civil para apurar irregularidades e a Câmara ingressou CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito).




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