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Tucanos irritados com manobras do PMDB
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30/06/2007 | 07:10
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O PSDB vai endurecer sua posição no Conselho de Ética e deve pedir o afastamento de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado, seguindo a linha do Democratas.

As sucessivas manobras do PMDB para impedir as investigações causaram irritação nos tucanos que tentaram, sem sucesso, indicar o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) para a presidência e Aloizio Mercadante (PT-SP) para a relatoria do caso.

O senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) qualificou de “golpe” as manobras feitas pelo grupo de Renan. A última aconteceu na quinta-feira quando o novo presidente do Conselho, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), suspendeu a indicação de Renato Casagrande (PSB-ES) para a relatoria e pediu um parecer da Consultoria Jurídica sobre os limites de atuação do grupo. Casagrande defende a manutenção da Polícia Federal nas investigações.

“Não aceitaremos o golpe. O Senado não pode ficar de olhos e ouvidos tapados”, afirmou Serra, para quem, com a ajuda do Palácio do Planalto, os aliados de Renan tentam politizar o caso. “O Senado está dividido entre os que querem investigar e os que não querem”, completou.

Guerra ressaltou que a decisão de indicar Virgílio e Mercadante era um esforço para dar credibilidade ao Conselho de Ética. No entanto, essa iniciativa esbarrou no veto de Renan e do PMDB que não querem a oposição no comando do órgão.

‘PALHAÇADA’
O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) disse ontem que o ‘desconvite’ a Renato Casagrande para que não assumisse a relatoria do caso Renan foi “lamentável, mas uma palhaçada. Não se faz isso. Está se brincando com uma coisa séria”, disse, após participar de um seminário em São Paulo.

Fortes criticou o que chamou de “partidarização” do Conselho e cobrou o afastamento de Renan da presidência do Senado. “Tem de sair o mais rápido possível”, disse.

PSOL
O Psol decidiu que, se até quarta-feira o Conselho de Ética não funcionar com autonomia e com presidente e relator “imparciais” no caso do processo de Renan Calheiros, ingressará com uma denúncia-crime no MP (Ministério Público), contra ele. O partido resolveu também que recorrerá ao Supremo Tribunal Federal para cobrar o funcionamento do conselho e encaminhou ontem uma notificação ao secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, pedindo investigação em relação à movimentação financeira de peemedebista alagoano.

Segundo o líder da legenda na Câmara, Chico Alencar (RJ), é preciso que a Receita dê explicações sobre saques e pagamentos de “vultosas somas” que Renan teria feito para a jornalista Mônica Veloso, com que tem uma filha fora do casamento. Chico Alencar afirmou que a denúncia se dará com base no entendimento que têm de que o presidente do Congresso cometeu “fraude fiscal e falsificação ideológica”.



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