As cooperativas de reciclagem, bem como a regulamentação a respeito da responsabilidade sobre o descarte de resíduos e o retorno da matéria-prima favorecem a preservação ambiental. Isso é o que considera o professor do curso de Gestão em Saúde Ambiental da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC), Rogério Alvarenga. Conforme o especialista, a separação de materiais, assim como a sua destinação correta devem ser incentivadas pelo poder público com o objetivo de conscientizar os munícipes.<EM>

Em agosto de 2010 foi aprovada, no Brasil, a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que tem como objetivo incentivar a reciclagem de materiais, disciplinar o manejo de resíduos e determinar o destino do lixo remanescente. “As cooperativas têm a função de agregar os agentes ambientais, que na minha opinião são os melhores que existem, comumente chamados de catadores. Naqueles casos em que as pessoas da sociedade civil não realizam ou não se preocupam com a separação, surge a importância desse pessoal fazendo a reciclagem”, afirma Alvarenga.

Ainda segundo o especialista, a legislação nacional é importante para a regulamentação e normatização do processo que atinge os Estados e municípios. A separação dentro de casa é importante, bem como a coleta porta a porta, que facilita o processo e diminui volume em aterros. “Hoje o resíduo é fonte de contaminação e poluição do solo e da água. Os municípios têm a obrigatoriedade de ter aterros sanitários e planos de reciclagem, fazendo com que o material não vá para lugares inadequados e traga danos à saúde e ao meio ambiente”, diz.